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COLUNA DO GERSON

Fora do eixo Rio - São Paulo, Luis Suárez é ignorado

O jogador, contratado pelo Grêmio, diferente da contração de Gerson pelo Flamengo, e Yuri Alberto pelo Corinthians, não foi destaque na mídia nacional.

Imagem ilustrativa da notícia Fora do eixo Rio - São Paulo, Luis Suárez é ignorado camera Suárez vai jogar no Grêmio por duas temporadas | Reprodução/Grêmio

Dupla Re-Pa encerra ensaios

Remo e PSC, principais protagonistas do Campeonato Estadual, estiveram em ação neste fim de semana na preparação final para as respectivas estreias – os azulinos encaram o Independente, no sábado (21), e os bicolores enfrentam o Bragantino, domingo (22). Os resultados dos amistosos deixaram uma torcida desconfiada e contribuíram para levantar o ânimo da outra.

Talvez seja cedo demais para entusiasmo ou apreensão. Historicamente, testes às vésperas do início de competições não servem de parâmetro, pois os times não costumam atuar com a mesma intensidade de jogos oficiais. O medo de lesões faz com que os jogadores poupem esforços e evitem lances mais arriscados.

Apesar disso, a apresentação do Remo diante do Caeté, sábado à tarde, no Baenão, ficou abaixo do esperado. O time de Marcelo Cabo havia goleado o Tesla por 4 a 0 no primeiro amistoso com a presença da torcida. Desta vez, contra um adversário que também vai disputar o Parazão, os remistas tiveram mais dificuldades.

Logo no começo, Paulinho perdeu duas grandes oportunidades e Vinícius teve trabalho para evitar o gol do time visitante. A defesa azulina, excessivamente exposta, sofria com a velocidade dos atacantes do Caeté.

A ausência de Uchoa, vetado por lesão, contribuiu muito para as dificuldades enfrentadas pelo Remo no 1º tempo. O pior é que Paulinho Curuá, seu reserva imediato, também não jogou, pois se contundiu ainda no aquecimento. A cobertura da zaga ficou a cargo de Pingo e Richard Franco, mas ambos foram envolvidos pela movimentação do Caeté por ali.

Quando Romário finalizou para as redes, aproveitando rebote na pequena área, o Caeté já fazia por merecer o gol. Era o time mais organizado e que melhor conseguia construir as jogadas ofensivas. O Remo passou mais tempo se defendendo – mal – e vivendo de raras subidas com Diego Tavares e Pablo.

Veio o 2º tempo e a torcida seguiu agoniada com a presença ofensiva do Caeté, sempre através do rápido Paulinho. Apesar de uma visível evolução do Remo, com mais concentração de jogadores na meia-cancha, os melhores momentos após o reinício da partida pertenceram ao Caeté.

O empate veio em cruzamento perfeito de Diego Tavares para o cabeceio de Muriqui. Bem posicionado dentro da área, livre de marcação, o atacante meteu a cabeça na bola como rezam os manuais, de cima para baixo.

Apesar do gol, o Remo seguiu confuso nas jogadas pelos lados e com extremo embaraço para organizar contra-ataques simples. Outros jogadores entraram na partida, mas o placar não foi mais modificado. Como era previsível, a torcida não aprovou a exibição e cobrou mais futebol dos comandados de Marcelo Cabo.

Não foi exatamente esse o panorama em Barcarena, que teve uma manhã de domingo festiva em torno da primeira e única apresentação do PSC antes de estrear no Estadual. Como já virou tradição, os bicolores jogaram com a seleção municipal, formada por jogadores amadores.

Ao contrário do adversário do Remo, o Barcarena foi menos competitivo e deu liberdade aos meio-campistas do Papão. Ricardinho e João Vieira tiveram espaço para boas manobras, fazendo com que o jogo tivesse uma fluência maior. Foi desse jeito que surgiu o primeiro gol.

Em lançamento caprichado de Ricardinho, João Vieira entrou na área e acabou derrubado pelo goleiro. O estreante Mário Sérgio foi bater e mandou um chute rasteiro no canto. O gol deixou o Papão ainda mais à vontade para trocar passes e dominar as ações.

Na etapa final, com mudança completa na formação, o PSC controlou o jogo e se manteve no ataque. O segundo gol era mera questão de tempo. E ele veio num cabeceio do estreante Jimenez.

A numerosa torcida presente aplaudiu o novo elenco do Papão, mostrando entusiasmo com o que viu em campo. É cedo para uma avaliação mais criteriosa, até porque o jogo-treino pouco exigiu dos bicolores, mas a forma como o time principal se lançou à partida deixou boa impressão.

A questão agora se transfere para os jogos oficiais, quando a dupla Re-Pa terá a missão de confrontar 10 oponentes que parecem melhor estruturados que em edições anteriores.

O Papão terá a vantagem de fazer seus quatro primeiros jogos – Bragantino, Itupiranga, Tapajós e Castanhal – dentro da Curuzu, um privilégio que a tabela oficial não explica. O Remo, campeão do ano passado, vai estrear no Baenão, mas em seguida sai para enfrentar o São Francisco e o Águia fora de casa. A sorte está lançada.

Maior contratação do ano passa quase em branco

O peso de não pertencer ao eixo Rio-S. Paulo costuma embutir injustiças históricas no futebol brasileiro. Com grande arrojo e desembolso financeiro, o Grêmio espantou o mundo há duas semanas com o anúncio da contratação de ninguém menos que o uruguaio Luis Suárez, um dos maiores centroavantes do mundo.

Suárez chegou, deu entrevistas e foi apresentado à torcida gremista no estádio Olímpico, em Porto Alegre. Uma noite de consagração e de afirmação para o Grêmio, voltando à cena internacional em grande estilo.

Curiosamente, quem ligasse a TV para acompanhar os programas esportivos – tanto na programação aberta quanto nos canais fechados – teria uma surpresa. Luizito Suárez simplesmente não era manchete, nem destaque em nenhuma emissora de alcance nacional.

Uma contenção rara na normalmente histriônica imprensa brazuca quando Flamengo, Corinthians, Palmeiras e São Paulo contratam qualquer pé-de-boi. Veteranos têm sido trazidos às dúzias pela cartolagem corintiana e flamenguista, merecendo sempre cobertura escandalosamente positiva.

Um exemplo da discrepância foi o alarido em torno da volta de Gerson ao Flamengo e da permanência de Yuri Alberto no Corinthians. Nos dois casos, só faltou trombeta e vuvuzela, fato que acentua a vergonhosa timidez no noticiário sobre Suárez, o principal reforço de um clube brasileiro desde que o meia Clarence Seedorf veio para o Botafogo, há 10 anos.

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