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OPNIÃO

Falta de objetividade do Paysandu torna eliminação justa

Diferente do que foi dito por Márcio Fernandes durante a coletiva depois do jogo contra o Vitória, o time não teve objetividade para conseguir as vitórias

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Imagem ilustrativa da notícia Falta de objetividade do Paysandu torna eliminação justa camera O treinador avaliou o ano de uma forma generosa pelo que foi a temporada | Vitor Castelo/Paysandu

Despedida em tom morno

Deve ser sensação das mais esquisitas para uma torcida acompanhar um jogo no qual o seu time é apenas coadjuvante na festa do adversário. Foi a situação a que o apaixonado torcedor do PSC foi submetido, sábado à tarde, na Curuzu, na partida contra o Vitória. Não havia muito o que fazer, a não ser torcer por uma atuação decente na despedida do Papão da Série C.

Nesse sentido, o torcedor não tem do que se queixar. O time fez a sua parte. Mostrou raça e vontade de vencer, embora não tenha sido organizado e criativo o suficiente para merecer um triunfo. Empatou um jogo que poderia até ter vencido, apesar dos muitos problemas coletivos e individuais expostos em campo.

Em termos de jogo coletivo, o time exibiu exatamente o que havia mostrado no quadrangular. Desarrumação em quase todos os setores, baixo rendimento dos laterais e especialmente do eixo mais criativo – entenda-se aqui José Aldo e Marlon. Aldo nunca mais foi o jogador dinâmico e criativo da fase inicial. Marlon esqueceu o caminho do gol.

Cabe observar que, ao contrário do que prega o técnico Márcio Fernandes, o PSC não foi superior aos demais times que brigavam pelas duas vagas do acesso. O PSC foi pior que todos. Não há número capaz de esconder essa verdade. A campanha atesta isso. Foram seis jogos, quatro derrotas, um empate e uma vitória; três gols marcados e seis sofridos.

A ginástica verbal utilizada para passar, mesmo que discretamente, a ideia de uma “injustiça moral” na eliminação do PSC não resiste a uma simples análise das atuações do time. Ao contrário do que diz o treinador, em nenhum dos seis jogos o PSC foi flagrantemente superior aos adversários. Quando venceu o Figueirense na Curuzu, o time conseguiu o resultado porque foi apenas mais objetivo.

E é essa a régua adequada para medir desempenhos na Série C. E, sob esse ponto de vista, mesmo não atuando brilhantemente, o time se comportou bem contra o Vitória no sábado. Podia ter vencido se fosse mais ousado e competente nas finalizações. Dioguinho, Danrlei e até Mikael tiveram chances no primeiro tempo.

O Vitória ameaçou somente uma vez, no lance em que a bola chegou a entrar, mas o gol foi anulado por impedimento. De resto, um PSC sempre entregue às suas indecisões e o visitante preocupado em se resguardar, sabendo que o empate lhe garantia o acesso – como acabaria se confirmando no final dos dois jogos da chave.

O gol marcado por Genilson revelou que a insistência ofensiva do segundo tempo era o caminho a ser seguido desde o início, levando em conta que o Vitória não queria se expor. Dioguinho foi quem melhor captou essa mensagem. Na primeira vez em que entrou como titular, o meia-atacante brilhou porque jogou sem bloqueios, partiu para o drible e arriscou chutes a gol. Em resumo, procurou ser ele mesmo.

Dionísio empatou num lance acidental, quando o Vitória era mais confuso do que reativo. A jogada serviu para Márcio Fernandes ressuscitar a teoria do Sobrenatural de Almeida rondando o PSC. Ocorre que o time também teve em seu favor muitos lances acidentais ao longo da disputa. E é assim que as coisas funcionam, para todos.

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Avaliação generosa de um ano sem resultados

Caso tome ao pé da letra as declarações do técnico Márcio Fernandes depois do jogo de sábado, a diretoria do PSC tem poucas mudanças a fazer no elenco que disputou a Série C. Afirmou, com todas as letras, que agora há uma base construída, o que, em sua opinião, é altamente positivo para o processo de reconstrução do elenco.

Márcio alega que o time tem um modelo de jogo consolidado e sugeriu que isso seria uma vantagem para a próxima temporada. Menos, bem menos...

Na prática, o PSC tinha um modelo que funcionou bem somente no começo da Série C, mas depois sucumbiu à sequência de jogos e desafios. Nem ele sabe dizer ao certo o que provocou a brutal queda de rendimento entre a etapa de classificação e o quadrangular, o que revela que o tal modelo não era tão consistente assim.

Ao mesmo tempo, é válido observar que a base não foi capaz de dar ao PSC o sonhado acesso e nem o título estadual da temporada – quando era tido como franco favorito na disputa. A conta não fecha. E a coisa piora um pouco quando Márcio considera ter dado oportunidades iguais a todos os jogadores do elenco.

O exemplo mais flagrante de falta de chances é Dioguinho, que só foi lembrado nos dois últimos jogos, sendo que jogou apenas por 30 minutos contra o ABC. Na partida final, que não valia mais nada, entrou de cara e ficou até a metade do 2º tempo, atuando muito bem. Se tivesse merecido oportunidades, seria certamente titular de um ataque que carecia de habilidade e capacidade de definição no quadrangular.

É legítimo que o técnico avalie como positiva a sua passagem pelo clube, mas o fato é que os resultados simplesmente não aconteceram. Resta, como última esperança de título em 2022, a Copa Verde. O problema é saber se Márcio vai permanecer no comando até lá.

Tite centra sua estratégia na dupla Vinícius-Neymar

A aposta está desenhada: a juventude e a inventividade de Vinícius Jr., um dos melhores atacantes do mundo na atualidade, conectadas à maturidade de Neymar. Tite concentra suas atenções no entrosamento da dupla para dar à Seleção Brasileira um perfil de alta ofensividade, como não se via há muito tempo em Copas do Mundo.

A Seleção tem seus homens de marcação (Casemiro, Fred), mas é hoje essencialmente formada por jogadores de vocação ofensiva (Neymar, Vinícius, Raphinha, Paquetá, Richarlison, Pedro, Everton Ribeiro).

O jogo com Gana mostrou por 45 minutos que essa estratégia pode funcionar no Catar, mesmo com a ressalva de que o adversário não é dos mais credenciados. De qualquer maneira, há tempo para que o duo principal evolua e atinja aquele estágio de entendimento mágico que leva a jogadas perfeitamente sincronizadas. Aguardemos.

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