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OPINIÃO

Coluna do Gerson: Paysandu mais ajustado contra o Figueira

O time Bicolor deve contar com sua escalação mais sensata para a partida contra o Furacão

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Imagem ilustrativa da notícia Coluna do Gerson: Paysandu mais ajustado contra o Figueira camera Marcelo Toscano deve ser titular na partida decisiva contra o Furacão | Jhon Wesley/Paysandu

Ao que tudo indica, o técnico Márcio Fernandes resolveu parar com as invenções e decidiu escalar o time mais ajustado do PSC para o confronto de domingo: Tiago Coelho; Leandro Silva, Naylor, Genilson e Patrick Brey; Mikael, João Vieira e José Aldo; Marlon, Robinho e Marcelo Toscano (foto). Um vídeo divulgado ontem pelo clube dá a entender que esta será a formação inicial.

O técnico deve manter Tiago Coelho no gol, apesar das recentes falhas, mas a principal mudança diz respeito ao ataque, onde Marcelo Toscano figura como provável titular, depois de algumas experiências no setor que não resultaram em sucesso.

Significa um tremendo avanço, levando em conta as escalações dos últimos jogos. Em Florianópolis, por exemplo, o ataque tinha Pipico como atacante centralizado. Marcelo Toscano ficou em Belém. Foi excluído da delegação supostamente por opção do treinador, que preferiu incluir no voo o lesionado Ricardinho, na condição de oráculo motivacional.

Como desta vez o jogo é em casa não há o risco de queimar uma vaga no avião com o volante/meia alçado à condição de guru da autoajuda. E Toscano, pelo que se observa, foi reabilitado depois dos rumorosos boatos envolvendo sua vida pessoal.

O fato é que o PSC precisa jogar com a força máxima, utilizando os jogadores que estejam em melhores condições técnicas e físicas. Em situação normal, Toscano é peça importante na armação ofensiva, pois adapta-se bem ao jogo rápido desenvolvido por Robinho e Marlon.

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Além disso, mesmo não sendo um centroavante de ofício, Toscano sabe atuar na área abrindo espaço entre os zagueiros. No elenco, somente ele e Danrlei podem executar essa tarefa, mas o avante baionense não está na forma física ideal e só pode jogar por 30 minutos.

Com Toscano, José Aldo e Marlon ganham um suporte importante para as articulações e Robinho passa a ter com quem jogar junto à área. O único ponto a observar em relação a Toscano é sua baixa produção como finalizador. Ao longo de quase um ano no PSC, marcou somente um gol em 17 partidas pela Série C.

Apesar disso, o equilíbrio que ele pode dar à estrutura ofensiva compensa a pontaria deficiente. É também um jogador polivalente, que já foi deslocado até para a ala direita em duas oportunidades.

Entre ele e Pipico, que parece ser o preferido do técnico, a comparação favorece amplamente Toscano, pela movimentação que impõe ao jogo e a capacidade de se desdobrar na marcação quando o time é atacado.

Baderna de torcedores gera riscos para o Papão

Reincidente em situações de insegurança nos estádios, o PSC corre o risco de sofrer punição pesada devido aos incidentes registrados em Florianópolis, por ocasião do jogo com o Figueirense, no último sábado. O comportamento turbulento de parte da torcida tem causado sérios prejuízos ao clube nos últimos anos.

Um grupo de torcedores uniformizados com a camiseta de uma facção conhecida por atos de baderna foi responsabilizado pelo arremesso de objetos (pedaços de madeira e até bancos da arquibancada do estádio Orlando Scarpelli) e por soltar rojões em direção à torcida do Figueira, onde estavam mulheres e crianças.

O policiamento foi obrigado a intervir durante e após a partida. A arbitragem relatou as ocorrências na súmula da partida e o PSC foi denunciado no artigo 213, inciso III, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Caso seja condenado, o que é bem provável, pode perder até oito mandos de campo em competições oficiais da CBF.

No Campeonato Paraense deste ano, o clube foi punido por atitudes de dirigentes e torcedores na final contra o Remo. Pagou multa de R$ 40 mil e sofreu perda de mando, que deve ser cumprido no próximo ano.

Elizabeth e Pelé: encontro histórico entre majestades

Uma das imagens mais marcantes da Rainha Elizabeth II no Brasil envolve a figura de um monarca de outra estirpe: o Rei Pelé. Lembro que, moleque ainda, vi na capa da extinta revista Manchete a foto em preto e branco registrando o encontro das majestades na tribuna do Maracanã, em 1968, por ocasião de um jogo entre as seleções de Rio e São Paulo.

Ao lado de Elizabeth, que morreu ontem aos 96 anos, estava um sorridente príncipe Phillip. Do outro lado, próximo a Pelé, estava o meia-armador Gerson, representando a seleção carioca. Óbvio que a ambos, Phillip e Gerson, foi reservado o papel de meros coadjuvantes.

Ontem, o Atleta do Século e maior jogador de futebol de todos os tempos, relembrou a passagem de Elizabeth pelo Brasil, sendo aplaudida por um Maracanã lotado, à época o estádio tinha capacidade para cerca de 150 mil espectadores.

Lembro que, nas fotografias da Manchete, a Rainha esbanjava simpatia, denotando qualidades que seus biógrafos sempre ressaltaram: a fineza dos gestos e a elegância no trato com as pessoas. Pelé, por sinal, foi um dos poucos brasileiros merecedores da mais alta honraria do Reino Unido, a Ordem do Império Britânico.

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