A primeira grande decisão
O Remo encara hoje o primeiro confronto da sequência de cinco últimas rodadas da Série B com poucas opções para o setor de criação. No jogo desta tarde com o CSA, em Maceió, o técnico Felipe Conceição não contará com os seus dois meias de ofício: Felipe Gedoz (lesionado) e Mateus Oliveira (3º cartão amarelo) desfalcam o time.
A dificuldade momentânea pode inspirar uma solução criativa. Caso Felipe queira verticalizar o jogo, agilizando a transição, Marcos Junior é alternativa natural para a função. Nesse caso, o meio teria a presença de três jogadores de marcação: Anderson Uchoa, Lucas Siqueira e Artur. Na frente, Victor Andrade e Neto Pessoa (Jefferson).
Há uma outra configuração possível, com três atacantes. Uchoa como primeiro volante, auxiliado por Lucas Siqueira e Marcos Junior (Artur), com Victor Andrade, Neto Pessoa e Jefferson na linha.
Mas, independentemente da escalação e do modelo a ser executado, o Remo não pode abrir mão de um componente crucial na Série B: a intensidade. Todos os times, mesmo os que estão abaixo dos azulinos na classificação, se entregam ao máximo na busca por resultado.
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Nos últimos jogos, a equipe azulina tem sido pouco intensa, fato agravado pelo estilo cadenciado adotado na maior parte das partidas. Quando acelera e mostra determinação, o time geralmente é bem sucedido, como naquele segundo tempo diante do Cruzeiro.
A movimentação do meio-campo é visivelmente um dos pontos que faz o time emperrar. Quando a bola chega aos volantes, quase sempre é trabalhada de forma lateral, sem aprofundamento. Em seguida, é distribuída para os homens de lado, alas e atacantes, o que faz o Remo alargar sua área de abrangência, distanciando-se da área.
Contra o Londrina, na rodada passada, o problema ficou evidenciado. O time tinha a bola, mas não conseguia agredir a linha defensiva paranaense. O ataque funcionava bem pelos lados, mas só passou a ter força no centro com a entrada de Neto Pessoa.
Por essa razão, é provável que o centroavante entre jogando, o que reforçaria a exploração de contra-ataques. É preciso entender, porém, que o Remo deverá sofrer pressão desde os primeiros movimentos, pois o CSA precisa vencer para continuar com chances de acesso.
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Caberá aos homens de meio a tarefa de conter o ímpeto inicial dos alagoanos, sem descuidar do balanço ofensivo. Contra o Cruzeiro, atuando de forma relativamente fechada, o Remo se segurou no 1º tempo e foi buscar a vitória na etapa final. A conferir.
Direto do blog campeão
“Imaginem se Romércio pé-de-couve optasse por dar um chutão como qualquer zagueiro raiz daria e se Mateus Oliveira não perdesse um gol minutos antes do lance capital? O resultado do jogo seria outro. Mas isso é o Remo, constituído de jogadores que chegam a ser craques em um jogo e espantalhos em outros. Nada está perdido, mas o Leão precisa de um sacolejo nessa reta final”.
Miguel Silva
“O Remo já jogou a Série B, agora é para pontuar tipo fazendo retranca contra os desesperados. Imaginem se o Remo tivesse empatado com Vila Nova, Brusque, Londrina e Ponte Preta. Seriam mais 4 pontos. Falta humildade ao técnico para reconhecer que o time chegou no limite”.
Rildo Medeiros
"Já decretaram o fim do Botafogo pelo menos três vezes nas últimas duas décadas. E aí está o Botafogo, se erguendo novamente, com as próprias pernas, com a torcida ao seu lado. O Botafogo é maior que o fim, que todos se rendam a isso".
Marcus Carvalho
Paixão do torcedor vs. profissionalismo do futebol
O amigo José Marcos Araújo (mais conhecido como Marcão Fonteles), militante das boas causas e grande desportistas, fez uma reflexão sobre os recentes episódios de violência nos estádios e o comportamento pouco profissional de alguns atletas. Por oportuno, reproduzo aqui.
“O futebol é um esporte profissional. Não é arena dos gladiadores onde os homens eram jogados às feras. Por isso não é admissível que as torcidas ataquem os trabalhadores, jogadores e comissão técnica, pelos insucessos das más escolhas das diretorias”.
Ao mesmo tempo, segundo ele, “não cabe ver jogadores pedindo para ‘rasgar’ antes do fim da competição, colocando em risco a história das equipes que assinaram contrato por livre espontânea vontade. Grande parte do endividamento dos clubes brasileiros advém de dívidas trabalhistas por demissão dos profissionais contratados e, quando o clube está no fundo do poço, simplesmente pedem o ‘boné’ e vão embora”.
Marcão defende que o profissionalismo precisa ser de mão dupla. “Os clubes devem respeitar os atletas e esses devem respeitar os clubes e os contratos que assinam. Nos últimos dias, o Paysandu tem sido avisado rotineiramente de que um, dois ou três atletas estão deixando o clube. E aí? Fica sem time para o resto do campeonato?”.
Acrescenta: “Nas demissões por decisão do clube tem multa, danos morais e materiais, até da parte de jogadores que praticamente não suaram a camisa do clube. E, nesse caso, da saída por decisão unilateral do atleta, não existe nenhuma penalidade pecuniária?”
Finaliza observando que ninguém pode ou deve ser obrigado a realizar um trabalho em condições que não lhe agrade, “mas existem regras, contratos e acordos assinados que precisam ser respeitados, pelos dois lados”.
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