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ANÁLISE

Gerson Nogueira: Leão atropela e Papão ainda motivado

O Clube do Remo "encheu" o Galvez, enquanto o Papão faz sua estreia na competição com motivação; Castanhal enfrenta o São Raimundo-RR.

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Imagem ilustrativa da notícia Gerson Nogueira: Leão atropela e Papão ainda motivado camera Atuação do Clube do Remo na Copa Verde está entre os destaques da coluna de Gerson Nogueira desta quarta-feira (20). | Samara Miranda/Clube do Remo

Sem dó, nem piedade

O Remo fez gato e sapato do modesto Galvez acreano, ontem (19), à noite, no estádio Baenão. Os números são acachapantes. Foi a maior goleada do Remo nas últimas décadas, a maior da história do clube em torneios da CBF e um recorde nas edições da Copa Verde. O placar de 9 a 0 serviu ainda como comemoração especial pela 40ª partida dos remistas na competição inter-regional.

Apesar da diferença técnica óbvia entre o Remo e o Galvez, poucos poderiam esperar um escore tão dilatado, até porque os azulinos entraram com um time mesclado. Felipe Conceição escalou alguns poucos titulares e muitos suplentes do time que disputa o Brasileiro da Série B.

Nos minutos iniciais, o Remo impôs marcação adiantada para provocar erros na saída de bola do retrancado Galvez. Com Rafinha, Neto Pessoa e Jefferson na linha ofensiva, as investidas priorizavam as jogadas de linha de fundo e foi por ali que nasceu o primeiro gol.

Marcos Junior foi lançado na área e deu um passe recuado para Neto Pessoa finalizar para as redes, logo aos 9 minutos. O Remo era superior e apertava o adversário não dando muitos espaços. Aos 15’, porém, acomodado com a vantagem parcial, a defesa permitiu uma chegada forte do Galvez, que mandou a bola na trave e quase empatou.

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Aquela seria a última tentativa ofensiva do time acreano. Ainda no primeiro tempo, Neto Pessoa marcou duas vezes em menos de sete minutos, constituindo-se no grande nome da primeira parte do jogo.

O ritmo era de treino por parte do Remo quando a segunda etapa começou. Havia uma preocupação visível em evitar jogadas mais bruscas. Ocorre que o Galvez não oferecia nenhuma resistência, conformado com a derrota. Desse modo, o Remo foi ao ataque, conseguiu um escanteio e o estreante Edu escorou de pé esquerdo para as redes, logo aos 4 minutos.

A goleada se ampliaria aos 20’, após boa jogada de Wallace pela direita, que resultou em rebote para Rafinha encher o pé e marcar. Logo depois, Raimar (que substituiu a Ronald) foi derrubado na área. O pênalti foi cobrado e convertido por Wallace.

O próprio Wallace faria o sétimo, em rápida tabelinha com Neto Pessoa. Aos 31’, Neto Moura marcou chutando da entrada da área. E, aos 37’, saiu o nono e último gol, através de Wallace, novamente aparecendo com rapidez dentro da área e finalizando com um chute rasteiro.

Todos sabiam do favoritismo remista no jogo. Vencer era uma obrigação para um time que disputa a Série B, mas a aplicação do time e o resultado obtido empolgaram a torcida presente ao Baenão. Nos instantes finais, surgiu o coro pedindo o décimo gol, que acabou não ocorrendo.

A atuação destacada de Neto Pessoa, sem que Renan Gorne tenha sequer sido lembrado, deixa no ar que o centroavante pode ganhar chance nos próximos jogos do Remo no Brasileiro. Wallace, também autor de três gols, volta a sinalizar que tem condições de brigar pela titularidade.

Destaque também para o desembaraço de Ronald na lateral esquerda, para a movimentação de Rafinha junto aos atacantes e a tranquilidade de Paulinho Curuá na cabeça-de-área. O volante foi finalmente lembrado no 2º tempo, substituindo a Marcos Jr.

Uma estreia irretocável do Remo na Copa Verde, estimulando os sonhos de conquista da competição pelo clube, depois de ter batido na trave na edição 2020, com a derrota por pênaltis na decisão em Belém.

Motivação é o principal trunfo de Bezerra no Papão

O PSC faz sua estreia hoje na Copa Verde enfrentando o Penarol amazonense na Curuzu. Mais do que a preocupação com o torneio, as atenções estarão voltadas para Wilton Bezerra, que volta ao comando do time após ter participado da conquista do título paraense.

Motivação e intensidade são as palavras mais ouvidas na Curuzu desde que Roberto Fonseca foi demitido na esteira dos três resultados sem vitória no quadrangular decisivo da Série C. (Sim, o desligamento do técnico foi por demissão, ao contrário da versão de “comum acordo” espalhada por aí.)

Bezerra conhece bem o elenco e é provável que saiba mais sobre as características dos jogadores do que o próprio Fonseca. Muito da experiência acumulada com a pressão pela conquista do Estadual será colocada a serviço da missão ainda mais desafiadora de recuperar as esperanças de acesso à Série B.

Para o jogo de sábado, contra o Ituano, o time não deve sofrer muitas alterações quanto aos nomes escolhidos, mas a forma de atuar seguramente terá uma nova sistemática. É improvável que o PSC seja tão passivo quanto foi diante do Botafogo, seu primeiro jogo como mandante no quadrangular.

Por característica pessoal, Bezerra é adepto de palavras de incentivo, do chamamento à raça e à superação e de orientações voltadas para o lado psicológico. Já afirmou, por exemplo, que o acesso é a prioridade e que ninguém jogou a toalha. É uma forma mais incisiva de dizer que a equipe vai corrigir as falhas das últimas partidas.

Contra o Penarol, o time deve ser alternativo, mas com a presença de jogadores que têm sido escalados como titulares, casos de Ratinho, Paulo Roberto, Grampola e Luan Santos.

Japiim tem confronto desafiador em Roraima

O Castanhal tenta sua segunda vitória na Copa Verde, hoje à tarde, diante do S. Raimundo-RR, em Boa Vista. Na primeira participação, na semana passada, o Japiim derrotou o Fast Clube, em Manaus, por 2 a 0.

O adversário de hoje é o mesmo que deu trabalho ao Castanhal na recente Série D. Os times empataram em 1 a 1 e o Japiim venceu por 2 a 1, jogando no estádio Maximino Porpino.

Um ponto que pode favorecer o time de Cacaio é a situação administrativa do S. Raimundo, que teve dificuldades em manter o elenco da Série D e precisou recorrer a jogadores da base para completar o grupo na Copa Verde.

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