
Com a proximidade de uma nova eleição na Federação Paraense de Futebol, marcada para acontecer em 2026, o cargo presidencial da entidade novamente torna alvo de diversos assuntos polêmicos sobretudo entre os que estão projetando possíveis candidaturas. E com isso, a velha disputa pelo poder volta a ser um dos assuntos mais comentados em questão.
Nesta quinta-feira (1º), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou um memorando oficial em resposta às denúncias feitas contra Ricardo Gluck Paul, que atualmente ocupa o cargo de vice-presidente da CBF e também preside a Federação Paraense de Futebol (FPF-PA). A controvérsia começou quando o vice-presidente da FPF-PA, Reginaldo Souza, apresentou ao Ministério Público do Pará uma denúncia questionando o acúmulo de cargos por Gluck Paul.
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Segundo Reginaldo, o artigo 151 do Estatuto da CBF limita a permanência simultânea em cargos executivos na confederação e nas federações estaduais a 180 dias, desde que haja uma licença oficial, com possibilidade de renovação por mais 180 dias. Porém, a própria CBF afirmou que o Estatuto vigente desde 2017 não impõe esse limite e que não há impedimento legal ou estatutário para que Ricardo Gluck Paul exerça ambos os cargos ao mesmo tempo.
A entidade também utilizou o artigo 208 da Lei Geral do Esporte, que proíbe que administradores de uma organização esportiva ocupem cargos em outras organizações que praticam ou regulam as mesmas modalidades. Além dessa questão, Reginaldo Souza acusou o uso indevido de sua assinatura na convocação da Assembleia Geral Ordinária da FPF-PA, realizada em 30 de junho. Ele também apontou possíveis irregularidades administrativas, como contratos com empresas ligadas à esposa do presidente da federação e suspeitas de fraudes contábeis.
LEIA NA ÍNTEGRA:
- OPINIÃO JURÍDICA DA CBF
- MEMORANDO DO ESCRITÓRIO DE ADVOCAÇIA
- PARECER DA ASSESSORIA JURÍDICA DA FPF
FPF NEGA ACUSAÇÕES
Em resposta às acusações, a FPF-PA negou todas as alegações, afirmando que seus atos administrativos seguem rigorosamente a legislação vigente e que as denúncias têm motivação política para desestabilizar a gestão atual. O caso está atualmente sob investigação do Ministério Público do Pará, e há expectativa de que possam surgir desdobramentos judiciais nos próximos meses. Até o momento, Ricardo Gluck Paul mantém seus dois cargos, contando com o respaldo público da CBF.
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