
No futebol paraense, algumas conquistas carregam um peso que vai além do placar final. A tarde deste sábado (2) no Mangueirão, em Belém, mostrou isso com clareza: dois clubes do oeste do estado, marcados por dificuldades estruturais e longas viagens, escreveram juntos uma página importante da história do Campeonato Paraense.
O São Raimundo venceu o Amazônia Independente por 2 a 1, de virada, e levantou a taça da Série A2 do Parazão 2025. Além do título, tanto o Pantera Negra quanto o Muiraquitã já haviam assegurado suas vagas na elite estadual do próximo ano, mas a decisão no Mangueirão deu contornos épicos à campanha.
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A trajetória até a final foi marcada por obstáculos. Sem estádios disponíveis para mandar seus jogos, as equipes precisaram atuar longe de casa, enfrentando viagens longas e orçamentos apertados.
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À frente do Pantera Negra, o técnico Robson Melo e o presidente Júnior Tapajós comandaram o projeto que devolve o clube de 81 anos ao protagonismo. O São Raimundo, que já foi o primeiro time do oeste do Pará a disputar a Copa do Brasil e conquistou a Série D do Brasileiro em 2009, agora soma mais uma façanha à sua galeria.
Do outro lado, o Amazônia Independente, fundado em 2021 e dirigido por Walter Lima, que acumula os cargos de presidente e técnico, também deixou sua marca. O clube, que já havia vencido a B1 em seu ano de estreia e a B2 em 2024, chega à elite paraense com ambições renovadas.
COMO FOI O JOGO
O primeiro tempo foi marcado pelo equilíbrio. As equipes se estudaram bastante, com poucas oportunidades claras. A melhor chance do São Raimundo veio logo aos cinco minutos, em cobrança de falta de Matheus Nogueira defendida pelo goleiro. Aos 39, João Vitor quase abriu o placar, mas a bola bateu na rede pelo lado de fora. O Amazônia teve participação discreta, enquanto o Pantera Negra tocava mais a bola e buscava jogadas pelas laterais.
A etapa final mudou completamente o cenário. O Amazônia voltou mais agressivo e abriu o placar aos cinco minutos: Tita fez bela jogada pela esquerda, obrigou o goleiro a ceder escanteio e, na sequência, Emerson aproveitou o bate-rebate para colocar sua equipe na frente.
REAÇÃO IMEDIATA
A alegria do Muiraquitã, no entanto, durou pouco. Três minutos depois, em jogada semelhante, Sandro aproveitou confusão na área do Amazônia para empatar. O jogo então ganhou intensidade, com os dois times se lançando ao ataque.
O desfecho veio aos 42 minutos, quando Matheus Nogueira, oportunista, pegou o rebote dentro da área e mandou para o fundo das redes, decretando a virada e o título do Pantera Negra. A partir daí, bastou esperar o apito final para confirmar a festa santarena no Mangueirão.
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