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OPINIÃO

Copa Verde 2025: uma crônica de submissão e passividade

Decisão da CBF de retirar a vaga direta na Copa do Brasil expõe a passividade de Clube do Remo e Paysandu em defender a relevância do torneio regional.

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Imagem ilustrativa da notícia Copa Verde 2025: uma crônica de submissão e passividade camera Clube do Remo e Paysandu mais uma vez baixam a cabeça para uma decisão unilateral da CBF. | Rafael Ribeiro/CBF

Ah, o futebol paraense... Sempre tão rico em histórias e tão pobre em atitude. Vejam só: Atlético-GO e Cuiabá chutaram a bola pra longe e disseram não à Copa Verde 2025. Não sem razão. A decisão da CBF de arrancar a vaga direta na terceira fase da Copa do Brasil do campeão do torneio é uma verdadeira rasteira no que antes era um prêmio minimamente digno. Mas o que fizeram Clube do Remo e Paysandu? Silêncio. Subserviência. Passividade total.

A postura desses dois gigantes da Amazônia é, no mínimo, constrangedora. Em vez de se unirem para protestar contra a medida, preferiram acatar a decisão sem chiar, sem levantar sequer uma bandeira em defesa da competição que deveria ser a joia da nossa região. Enquanto isso, Atlético-GO e Cuiabá deram uma lição de como não aceitar esmolas. Para eles, sem a vaga na Copa do Brasil, a Copa Verde virou um simples amistosão. E, convenhamos, eles estão certos.

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A CBF, que historicamente trata o futebol das regiões Norte e Centro-Oeste como coadjuvante, deu mais um golpe, e os nossos clubes parecem aceitar essa condição com a resignação de quem acredita que não há alternativas. É como se o Remo e o Paysandu ainda acreditassem que um dia vão se sentar à mesa com os grandes do futebol brasileiro sem precisar brigar por isso. Spoiler: não vão.

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É triste, porque a Copa Verde, mesmo com seus problemas, é uma oportunidade de dar visibilidade ao futebol de estados esquecidos no mapa esportivo do país. Sem a vaga na Copa do Brasil, a competição perde relevância. E sem clubes dispostos a lutar por ela, perde o pouco prestígio que ainda tem.

Dizer que essa postura é frustrante é pouco. Ela é reveladora. Mostra o quão atrasados estamos em entender o jogo político do futebol. Não basta ser grande no campo; é preciso ser grande fora dele. E isso, meus caros, é algo que Remo e Paysandu ainda precisam aprender. Enquanto isso, ficamos aqui, vendo a bola passar, sem ao menos tentar um carrinho pra mudar o jogo.

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