O torcedor, geralmente, só vê a equipe em campo, vibrando com cada gol e comemorando as vitórias. No entanto, o que muitos não percebem é o árduo trabalho realizado fora das quatro linhas.
Algo essencial para garantir que os jogadores estejam prontos para alcançar os bons resultados e as conquistas tão desejadas. Antes mesmo do início da pré-temporada, o foco está no trabalho fisiológico.
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Avaliações médicas, correções de desequilíbrios musculares, fortalecimento e aumento da resistência são etapas cruciais para minimizar lesões e maximizar o desempenho, formando uma base sólida para a busca do sucesso do time.
"Estamos com uma programação feita pelo nosso coordenador, o doutor Jean (Klay), que versa de termos de quatro a cinco dias de avaliações. Começou no último dia 4 e vai até o dia 9. A partir daí, os atletas são entregues para a comissão técnica iniciar os treinamentos", destacou o fisiologista Eric Cavalcante, do Clube do Remo.
"O que mais demora são os exames médicos. São exames feitos de PSMA, que é uma exigência da FIFA. Têm os exames hemodinâmicos, ortopédicos, cardíacos e isso tudo demanda tempo e organização. É o que dará aos nossos médicos o contexto de como o atleta está, se poderá ou não estar à nossa disposição. Em tese, dá uma resposta ao clube de como o atleta está. Se, por exemplo, o atleta precisar de alguma demanda clínica para ajuste para ser admitido ao grupo, fica a critério do clube. O nosso departamento, o qual é o NASP, passa ao clube todas as informações", ressaltou.
Essas avaliações iniciais ajudam a ajustar os programas de treino, garantindo que os jogadores estejam fisicamente preparados para o trabalho com a comissão técnica. Prevenir lesões também é o principal objetivo.
"O Remo está preparado para identificar o grau de qualidade clínica e acredito que até mesmo o grau de qualidade fisiológico e físico. Temos exames bem contemporâneos que podem dar as informações da comissão técnica. Chega, nós avaliamos e passamos para eles", comentou.
Ao investir em um trabalho físico bem estruturado, os clubes não apenas evitam o risco de lesões, mas também aumentam o desempenho e a longevidade dos jogadores ao longo do ano.
"A estrutura é muito importante. Tivemos um acesso que foi muito importante. Foi na época da pandemia e tínhamos restrições de trabalho, porém a estrutura temos que ter. Acredito que a diretoria entenda isso. E o que seria isso? Na minha visão, não adianta contratar jogadores de Séries A e B se a nossa estrutura não for de Séries A e B. Porque isso recaí sobre o atleta. E a direção e a presidência estão nos ouvindo para podermos ter tudo ao longo do ano"
"Temos que aprimorar as ferramentas, sem sombra de dúvidas, para podermos dar ao atleta um mercado melhor. Entender que temos que ter os atletas prontos e em condições. Nosso serviço não é ficar cuidando de atletas em pós-lesão. Temos que prevenir lesão, evitar que ele possa ter problemas para podermos ter ele em campo, o que chamamos de minutagem", ponderou.
Obviamente, o sonho do Remo na temporada de 2025 é garantir o acesso à Série A, mas é necessária uma equipe técnica focada intensamente no trabalho de base.
"É o que sempre falamos: trabalho! Muito trabalho! Temos um departamento com jovens. Garotos que trabalham conosco. Alguns saíram, mas outros virão. É um trabalho focado na nossa e na visão da comissão, que, a princípio de tudo, é o acesso. As pessoas chamam de sonho e eu vejo como realidade. Estamos na Série B. Um time de massa. Um time muito forte. Falo da realidade que é visando o acesso. Se não conseguirmos, em algum momento vamos pensar em nossa permanência. Isso é imprescindível. Ter o foco no acesso, mas se não acontecer, a inteligência para a permanência na Série B"
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