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SÉRIE C

Remo enfrenta Figueirense em batalha rumo ao G8

Após a vitória sobre o CSA, o site de projeções esportivas Chance de Gol elevou a probabilidade do Leão em conquistar uma vaga no G8 de 20% para 40,7%

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Imagem ilustrativa da notícia Remo enfrenta Figueirense em batalha rumo ao G8 camera Time remista obteve um resultado importante na última segunda-feira e ganhou gás na luta pela vaga | (Foto: Samara Miranda/Clube do Remo)

No próximo sábado o Clube do Remo vai a Florianópolis (SC) encarar o Figueirense-SC em jogo válido pela 15ª rodada da primeira fase da Série C. As duas equipes somam os mesmos 19 pontos, com o Leão Azul na 9ª posição, uma à frente do Furacão, por critérios de desempate. Por isso o confronto é encarado como crucial, já que as duas equipes precisam vencer para ainda sonhar com a classificação para a fase decisiva do acesso. Os dois times têm trajetórias bem diferentes até chegarem a esse ponto de quase iguais. Enquanto a equipe azulina sempre esteve bem mais próxima do rebaixamento e conseguiu se recuperar, a alvinegra esteve quase sempre na parte de cima da tabela e vem sofrendo com a irregularidade.

Após um começo muito ruim, o Leão Azul pulou para a 9ª posição ao vencer o CSA-AL por 2 a 1, na última segunda-feira. Segundo o site especializado em estatísticas e prognósticos esportivos Chance de Gol, os três pontos elevaram a possibilidade de classificação remista de 20% para 40,7% de chances de passar de fase. Curiosamente, o Figueira tem os mesmos 19 pontos e uma posição abaixo, mas aparece com 27,7% de possibilidade de classificação. O Tombense-MG, 7º colocado e com 20 pontos, aparece com um percentual menor de classificação, com 47%. O Ypiranga-RS está em 8º com os mesmos 19 pontos, mas tem bem mais chances de seguir adiante por ter três jogos a menos.

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O site aponta a nota de corte com 30 pontos para se classificar, dando 97% de chances. Mas é possível que haja um ou mais times classificados com menos do que isso. Faltando cinco rodadas para o fim da fase, o Clube do Remo precisa conquistar pelo menos 11 dos 15 pontos que ainda estão em disputa para chegar a 30. Ou seja, a missão ainda é difícil, mas ficou menos improvável pela combinação dos resultados dos adversários e o Leão Azul voltou ao páreo.

Entre os jogadores, há a certeza que o time azulino tem condições de chegar entre os oito até a última rodada. “Acho que o nosso grupo tem muita qualidade, é um grupo muito forte. Então, nós vamos brigar lá em cima e vamos jogar lá fora para buscar pontos”, confirmou o meia Jáderson, que fez o alerta contra momentos de desatenção como no jogo da última segunda-feira. “Isso não pode acontecer. Tivemos uma desatenção, mas conseguimos nos recuperar. Agora, é trabalhar durante a semana para não acontecer mais essas coisas. Espero jogos difíceis, como esse que passou. Todos os jogos serão difíceis. A gente tem uma grande equipe, com grandes jogadores, então temos condições de ir fora de casa e vencer”.

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O meia-atacante Marco Antônio apontou o fato do gol da vitória ter saído todo de jogadores que saíram do banco de reservas para exaltar o que ele considera a força do elenco remista. “Como o professor vem falando, é a força do grupo. Quem começa jogando e quem entra, a gente tem que estar sempre preparado. Eu pude entrar bem e ajudar a minha equipe ali. Agora é descansar porque já tem um jogo difícil sábado”. O atacante Kelvin, que teve provavelmente sua melhor atuação com a camisa azulina, destacou também a coesão do Remo para chegar bem nessa reta final. “Futebol é assim mesmo, né? Pela persistência, a gente conseguiu fazer esse placar de 2 a 1 muito importante, e creio que estamos muito focados em nosso objetivo”.

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Já nos acréscimos da partida da última segunda-feira, Vitor Leque cobrou falta, chute que desviou na barreira e obrigou o goleiro Marcelo Rangel a fazer uma grande defesa, salvando o Remo de perder dois pontos dentro de casa. De volta ao time depois de duas rodadas com uma lesão e a suspensão pelo terceiro amarelo, o arqueiro dividiu os méritos do lance com seus companheiros de posição.

“Essa defesa eu compartilho com os goleiros, Léo (Lang), (Victor) Lube que chegou agora, meus treinadores e seus auxiliares. É um trabalho em conjunto. A gente trabalha muito na semana para, quando é exigido nesse tipo de lance, fazer a diferença. E graças a Deus pude fazer a diferença”, observou Marcelo, que falou também sobre a força apresentada pelo elenco na conquista de mais três pontos.

“É um trabalho em conjunto para que nessas horas a gente possa ajudar o clube. Eu fico muito feliz pelo empenho do grupo, pela vitória, pelo apoio do torcedor nos 90 minutos, fizemos o gol praticamente nos acréscimos e vencemos. O importante era a vitória, então é dar parabéns a todo o grupo. É a vitória que dá confiança e deixa a gente vivo dentro do campeonato”.

Confiança renovada à base de muito suor

HAJA TRABALHO!

Das cinco rodadas restantes na primeira fase, o Remo fará apenas duas em casa. Na 16ª rodada contra a Aparecidense-GO e na 18ª diante do Londrina-PR, com as duas partidas marcadas para o Baenão. Mesmo sem o estádio estadual ter lotado na segunda-feira, com 17.092 pagantes, a diretoria azulina estuda a possibilidade de levar esses dois jogos para o Mangueirão. O técnico Rodrigo Santana preferiu não apontar preferência, mas se disse encantado com o palco da partida contra o CSA-AL. “O importante é a gente vencer. Seja onde for, no Baenão ou no Mangueirão, onde tiver que ser, a gente tem que vencer. Mas, no Mangueirão é muito bom, me senti muito bem, muito confortável”.

O treinador destacou a recuperação do Remo na competição, apostando que o time chegará muito forte, caso a classificação venha a se confirmar, lutando pelo acesso. “Deixei claro que ou a gente cresce agora e entra adaptado no G8, no mata-mata, no quadrangular, ou a gente vai fazer água. Muitos já desacreditaram, achavam que a gente estava fora da competição, mas a gente está aqui, suando jogo após jogo, aprendendo a cada jogo, errando e tentando corrigir. Sabemos o que a gente está passando, mas estamos convictos que temos condições de chegar nesse G8”.

Sobre a vitória de anteontem, Santana explicou que vem rodando os atacantes de lado, se baseando no desgaste, aproveitamento de finalizações, assistências e no um para um de cada atleta nos treinos. “O Cachoeira é de velocidade e entendi que precisamos de velocidade na esquerda. Eu preciso explorar mais o Ytalo, o Ribamar. Durante a semana o Cachoeira fez muitos gols e aproveitamos essa confiança dele, aí entrou no lugar do Marco. Testamos todos e vemos quem aproveita”.

O técnico do Remo também defendeu a forma como a equipe joga, no 3-5-2 com variações para o 3-4-3. Foi assim que o time conseguiu sair de uma condição de quase rebaixamento para ainda sonhar com o acesso. “A gente fica amassando ali na cabeça deles, passa imagens, mostra números, treina, repete, é muita repetição, muito trabalho pra acabar com essa falta de atenção. Não digo nem comprometimento estático, porque às vezes o jogador não está adaptado, tão adaptado, a gente não fez a pré-temporada aqui, então é um sistema que a gente vem plantando aos pouquinhos”.

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