Atleta de Manbol pagará R$ 100 mil a quem vencê-lo em quadra

Que a manga é uma das frutas mais saboreadas pelos paraenses, isso todo mundo sabe, mas o que muitos ainda não sabem é que ela serviu de inspiração para a criação de um esporte genuinamente papa-chibé: o manbol.

Criado em 2004, o esporte vem ganhando adeptos no Estado e tem chamado a atenção de vários jovens e crianças. O jogo, que é disputado numa quadra de 10 x 5 m, tem na bola, em formato de uma manga, a principal estrela da competição.

O esporte nasceu no Pará e é o único no mundo em que os atletas jogam simultaneamente com duas bolas em formatos de mangas (daí o nome manbol). Isto mesmo, a fruta manga, que tem em abundância em Belém, foi o que inspirou a criação da modalidade que já ganhou adeptos em países da América Latina e árabe.

E, para promover ainda mais a modalidade, o criador do manbol, o atleta Rui Hildebrando, lançou um desafio no qual qualquer pessoa pode disputar e concorrer o prêmio de R$ 100 mil, que será pago a quem vencer o criador, no próximo sábado (26), em Belém.

Conheça o Manbol, o esporte Papa-Xibé

O desafio será no ginásio da Escola Superior de Educação Física (Ginásio da Uepa), na Avenida João Paulo II. Além do valor de R$ 100 mil que será pago ao vencedor, haverá sorteios de viagens e outros prêmios para os participantes. Também haverá aulas para iniciantes na modalidade. "O desafio do criador do manbol será a maior competição que estará ocorrendo neste ano de 2022. Irá começar à partir das 8h, no ginásio da UEPA, e várias duplas serão distribuídas em chaves. Quem chegar na final, irá enfrentar os criadores que são Hildebrando e Rogério Alves. Em caso de vitória dos desafiadores, será pago o valor de R$ 100 mil", disse Arthur Deleon, atleta de Manbol, em entrevista ao DOL.

Na capital paraense, o manbol é praticado em 21 escolas públicas e privadas, onde equipes são formadas para participar de competições nacionais e internacionais. A competição do próximo sábado (26), intitulada ‘Desafio do criador’, é para fortalecer a divulgação da modalidade que existe há 17 anos. Não precisa ser atleta profissional para disputar o prêmio.

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Sobre o manbol

O hábito de colher mangas e jogar o fruto para a pessoa mais próxima foi a dinâmica que deu origem a este esporte. O espaço onde é jogado lembra uma quadra de vôlei e os arremessos das bolas assemelha-se com a queimada.

O manbol pode ser praticado por competidores individuais e por equipes de até seis atletas. As equipes podem ser mistas, ou seja, com atletas masculinos e femininos e diferentes faixas etárias. A prática requer equilíbrio, concentração, resistência e, principalmente, coordenação motora dos competidores para lançar as bolas para o campo adversário.

As bolas lançadas simultaneamente não podem cair no chão, devem ficar por, no máximo, 2 segundos com cada atleta e serem arremessadas de baixo para cima.