Há duas rodadas o Paysandu entra em campo precisando apenas de uma vitória para consolidar uma classificação à segunda fase da Série C, o que já parece encaminhado há tempos. Hoje à noite, em Campina Grande (PB), diante do Campinense-PB, essa história começa da mesma forma.
Volante vê Paysandu no caminho certo e minimiza erros
Se conquistar três pontos no estádio Amigão, o Papão chegará a 30 pontos e, matematicamente, estará garantido no quadrangular que decidirá o acesso para a Segundona do ano que vem. As dificuldades vêm sendo criadas pela própria equipe bicolor, que tem se atrapalhado em seus próprios erros.
As falhas de finalização voltaram a dar as caras e, para piorar, vieram juntas com erros defensivos. Diante de Vitória-BA e Figueirense-SC, o Paysandu tropeçou em sua dificuldade de sair jogando. Essa que já foi uma das razões da boa campanha, passou a ser estudada pelos adversários, que vêm dobrando a marcação para forçar um erro. E eles aconteceram.
Os bicolores garantem que o trabalho é para aperfeiçoar a saída de bola sem chutões, com jogadas trabalhadas que auxiliem o setor de criação. O time terá reforços consideráveis com os retornos do lateral-esquerdo Patrick Brey e do meia João Vieira, que cumpriram suspensão automática. A perda atual é a do atacante Robinho, que recebeu o terceiro cartão amarelo na rodada passada.
ALTERAÇÕES
O time deve ter poucas mudanças em relação à formação que iniciou a partida passada. Além do retorno dos dois titulares, a zaga pode ter a presença de Douglas ao lado de Genilson, em substituição a Bruno Leonardo, que tem sido bastante contestado pela torcida. Dalberto deve continuar como referência de ataque.
Entre os jogadores, há a defesa da firma como o Paysandu atua, alegando que foi assim que o time chegou a uma situação confortável na busca pela classificação. “É o nosso estilo de jogo e estamos fazendo isso bem. Aconteceram erros e isso é do jogo, mas aconteceram no momento certo, sem maiores prejuízos”, diz Patrick Brey. “Confiamos em nosso trabalho. Estamos em segundo lugar e vamos em busca da classificação”, completa o zagueiro e capitão Genilson.
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DE VOLTA
João Vieira defende que “não é hora de chutão”
Depois de cumprir suspensão automática, o retorno ao time do meia João Vieira é praticamente certo. Na formação ofensiva do Papão, ele vem atuando como segundo volante para dar mais qualidade à saída de bola. Mesmo tendo participado do lance que originou no gol que resultou na derrota diante do Vitória-BA, ele defende a forma como o Papão joga.
“Não é hora de chutão, não. Nosso estilo de jogo é de sair com a bola no pé. Óbvio que tentamos sempre acertar e foi assim na maioria das vezes. É nosso estilo e não temos que mudar por um ou dois erros”, explicou João Vieira.
“Sempre estamos tentando analisar o que foi feito de bom e o que foi errado. Erros acontecem, mas temos feito mais coisas boas e tem que ser assim para chegarmos logo à classificação”, seguiu.
A cobrança pela classificação, que pode vir hoje, é encarada com naturalidade pelo bicolor. Ele destaca que esse sentimento é uma constante para todos que estão na Curuzu. “Pressão sempre tivemos por vestir a camisa do Paysandu. Temos que transformar isso em coisas boas, fazer o que estamos fazendo, pois não estamos em segundo lugar à toa”.
OTIMISMO
Todas as contas e prognósticos apontam que com 30 pontos um time se classifica para a segunda fase da Série C. se empatar os três jogos que lhe restam, o Paysandu chega a esse objetivo. Mas, ficar entre os quatro primeiros têm consequências benéficas para o quadrangular, e a principal delas é fazer o último e possível decisivo jogo em casa.
“Não estamos tranquilos e nem acomodados. Queremos a liderança da fase, até pelo regulamento do campeonato”, confirma o lateral-direito Igor Carvalho. “Quanto mais pontos fizermos, mais confiança ganhamos. Se vencermos dois, três jogos, continuaremos confiantes de chegarmos bem no quadrangular”, completa Patrick Brey.
Os bicolores ressaltaram as dificuldades que as rodadas finais impõem, com todos os times com interesses nas partidas, seja pra chegar ao céu da classificação ou escapar do inferno do rebaixamento, caso do adversário de hoje à noite, penúltimo colocado na classificação.
“Não tem mais jogo tranquilo nesse momento. Quem está lá embaixo vai querer sair de lá. Nós vamos encarar o jogo para vencer, somos preparados para isso, para fazer um grande jogo, independentemente da situação do adversário”, garante Genilson.
Igor Carvalho destacou justamente o fato de faltarem poucas rodadas e como todos encaram esses jogos como decisões. “Os clubes querem se salvar do rebaixamento ou decretar a classificação. Faltam poucos jogos, então os confrontos ficam mais difíceis ainda”.
DO LADO DE LÁ
Campinense afirma que não entrega os pontos
O lema entre os rubro-negros de Campina Grande é “enquanto houver vida, há esperança”. Penúltimo colocado na Série C, o Campinense-PB busca desesperadamente vencer pelo menos dois dos três jogos que restam na fase, sendo que ainda vai encarar dois times que estão no G8, Paysandu e Volta Redonda-RJ, ambos no Amigão. Até aqui, a Raposa não ganhou de nenhuma equipe da parte de cima.
Mesmo faltando apenas três jogos, o time segue se reforçando. Essa semana o clube anunciou a chegada do meia paulista Gui Campana, que estava no Castanhal. O jogador foi regularizado e pode ser uma novidade para logo mais.
Mesmo com todas as dificuldades, a fuga do descenso é considerada entre os jogadores como algo factível. “Se houver uma escala de zero a 10 de probabilidade de permanência da nossa equipe na Série C, para mim, nossa chance é 10”, afirma o meia Dione, que ressalta o fato de matematicamente o time ainda estar no páreo. “Temos nove pontos para disputar e temos totais condições de conquistar todos eles. Temos dois jogos em casa, onde somos muito fortes, e ainda um jogo contra adversário direto (Floresta-CE)”.
Para o armador, o adversário de logo mais é um dos mais fortes da competição e já o considera classificado, mas não invencível. “O Paysandu é uma equipe muito forte e, na minha opinião, será um dos classificados à próxima fase. Respeitamos o adversário, mas precisamos mais desses pontos que ele”.
Local
Estádio Amigão (Campina Grande) - Horário: 19 horas - Árbitro: André Rodrigo Rocha (RR) - Assistentes: Alex Sandro Thomé (RR) e Márcio Duarte dos Santos (RR) - Quarto-Árbitro: Ruthyanna Camila da Silva (PB).
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