Em uma espécie de truque para o embate que pode encaminhar o título estadual desta temporada, para o jogo de ida da grande decisão do Campeonato Paraense 2022, o Clube do Remo inicia o Re-Pa deste domingo (3) à noite, no Baenão, em clima de suspense. Isso porque a equipe não adiantou a escalação e muito menos as condições clínicas de dois atletas que integraram o departamento médico há poucos dias do clássico, titulares absolutos no esquema tático e técnico da comissão técnica azulina, que é o caso de Everton Sena e Erick Flores, zagueiros e meia-atacante, respectivamente.
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A expectativa é que a dupla esteja presente na lista de relacionados para o jogo, mas, em caso de negativa, a força da base será determinante para o compromisso. Kevem e Ronald deverão ser os acionados, assim como foi no jogo da última terça-feira (30), também no Baenão, contra a Tuna Luso. Nas demais posições, os atletas devem manter a base que tem atuado: Vinícius no gol; Ricardo Luz, Marlon e Lailson no setor defensivo; Uchôa, Marco Antônio e Paulinho Curuá no meio-campo; e Ronald, Bruno Alves e Brenner no sistema ofensivo.
No ataque, aliás, o time precisa recuperar o foco e acertar o pé, já que perder gols tem sido uma constante e, num clássico, isso pode ser fatal. De todo modo, Bruno Alves e Brenner ainda têm crédito, já que vêm cumprindo o seu papel. Se marcarem contra o arquirrival azulino, vão cair mais ainda nas graças da torcida.
De acordo com o técnico Paulo Bonamigo, a equipe está no caminho certo para fazer uma grande partida na busca pelo resultado. “É continuar trabalhando porque a equipe teve volume, teve superioridade, mas perdemos. Isso é futebol. Temos que tirar a lição para entrarmos na decisão vitaminados mentalmente”, avaliou o comandante, com base no duelo contra a Águia Guerreira, na semifinal.
Papão quer manter a pegada rumo ao tri
Desde os títulos de 2000 a 2001, conquistado pelo Paysandu, ninguém mais foi tricampeão paraense. Ou seja, no século XXI esse feito está em aberto. Por mais que o principal objetivo do ano seja o acesso para a Série B do Brasileirão, esse terceiro título estadual seguido é uma ambição forte do clube. “Desde que fui contratado e passei a estudar a história do clube entendi a importância desse tricampeonato. Todos aqui sabem disso. Estamos bem preparados para buscar o título”, diz o volante Mikael. “A importância é enorme. São anos sem um tricampeonato e vamos em busca de fazer história com a camisa do Paysandu”, completa o atacante Robinho.
O Paysandu viveu os últimos dias em suspense por causa da situação do centroavante Danrlei, artilheiro e um dos principais jogadores do time na temporada. Aparentemente, ele sofreu uma lesão muscular contra o Águia e pode não estar em campo logo mais. Henan é o substituto imediato. O experiente centroavante aposta em decisões das mais equilibradas nos próximos dias.
“São duas grandes equipes. Acredito que serão grandes jogos em campo, com festa do nosso torcedor em casa. Nessa primeira partida sabemos das dificuldades de enfrentar o Remo no Baenão, com a torcida. Acredito que será difícil, mas temos que manter a nossa postura, buscando o gol”, diz. “Não podemos mudar nossa forma de jogar. Teremos dificuldades, mas vamos em busca do nosso melhor e de um resultado positivo lá dentro”, completa o atacante.
Os bicolores engrossam o coro da igualdade e que, quem errar menos, pode se dar bem no confronto de 90 minutos. Mikael destacou a força do elenco e a pegada que o time vem tendo. “O grupo é forte e quando sai um e entra outro o time mantém a pegada. Além disso, somos unidos e um torce pelo outro. Temos que continuar na mesma pegada, mesma intensidade e forma de jogar. Mas, é um jogo atípico, um clássico, então a atenção tem que ser total. Tanto Paysandu quanto o Remo são times grandes, suas formas de jogar. Quem estiver melhor no dia do jogo vai ser o favorito”.
Tendo demonstrado bom volume de jogo recentemente, o Remo precisa, nesta decisão, melhorar a finalização
EVOLUÇÃO AZUL
De maneira incontestável, o nível tático-técnico azulino, em campo, evoluiu nas últimas quatro rodadas nesta fase derradeira do Parazão 2022. O volume de jogo e o ritmo ofensivo foram pontos interessantes que subiram degraus na avaliação da torcida, assim como a compactação entre os setores.
A bronca, contudo, segue no fundamento mais importante: o “pé podre” na hora do arremate. Embora o time tenha marcado seis gols nos últimos três compromissos, a limitação apareceu com força no meio da semana anterior, quando o time perdeu por 1 a 0 para a Tuna, vencendo apenas nos pênaltis, na partida de volta da semifinal, o que por pouco não azedou a sua ida para a disputa do Re-Pa de hoje, pela final do certame estadual.
Ao todo foram mais de 14 tentativas desperdiçadas, com muitas delas de cara para o gol, com toque final afobado e perdido. Dessa maneira, conscientes de que qualquer vacilo poderá ser fatal em decisão de competição e, especialmente, em clássico de peso como o Re-Pa, o capricho e paciência precisarão ser os companheiros extras em campo, na busca pela vantagem nesta primeira partida decisiva, em que joga como mandante.
Dente os candidatos a desencantar e criar um placar interessante para o Leão Azul, o centroavante Brenner, que já sentiu o gosto doce de marcar contra o maior rival, destacou o foco para o embate. “O Remo é o Remo dentro ou fora de casa. A gente tem o nosso estilo de jogo sempre com a bola nos pés, propor o jogo. A gente trabalha sempre durante a semana para jogar da melhor maneira possível”, destacou o jogador.
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