Paysandu: a chance tão esperada chegou!

Contratado junto ao Clube do Remo para ser o goleiro titular do Paysandu em 2022, Thiago Coelho vai seguir desfalcando o time titular por causa de uma lesão na coxa direita ainda na pré-temporada, no amistoso contra a seleção de Barcarena, dia 22 de janeiro. Os exames constataram um estiramento na coxa e a previsão inicial é que nessa semana que começa ele inicie um trabalho de transição para o campo. Assim, Elias Curzel deve seguir como titular do gol bicolor.

O goleiro gaúcho esteve no elenco ano passado, mas era a segunda opção de banco. Ele chegou a ter uma chance na estreia na Copa Verde, mas só voltou a jogar agora, com a lesão de Thiago. Depois de duas rodadas em que foi pouco exigido, ele deve estar em campo no meio de semana contra o Caeté. Curzel garante que o elenco está bem servido e quem jogar vai dar conta do recado.

“Todos têm que estar preparados dentro do elenco. A temporada é longa e todos serão exigidos, então quem está no elenco trabalha para jogar. Nosso grupo é cheio de bons atletas, não só no gol, e isso é importante. O ano de disputa exige que o elenco mantenha sempre o mesmo nível, que quem entre dê a resposta que o treinador quer”.

Sobre o próprio momento, Elias garante estar pronto para assumir a condição de titular caso venha a ser escolhido quando todos estiverem à disposição. “Eu me cobro muito para evoluir todos os dias, seja no treino ou no jogo. A cada compromisso a gente procura crescer e é melhor que isso aconteça vencendo. Estamos numa sequência de bons resultados e isso ajuda no fluir do trabalho”.

O bom momento do time é, segundo ele, consequência de um trabalho que encaixou desde o início do ano com o novo elenco e a atual comissão técnica. “A pré-temporada foi muito boa para se conhecer. Conhecia alguns atletas de outros clubes, mas é claro que quando se reformula um elenco logo se fala em entrosamento e por isso o trabalho foi tão intenso na parte tática. Até parece que a gente se conhece faz tempo devido ao bom desempenho que a gente vem tendo”. Elias Curzel deu a seguinte entrevista ao Diário do Pará sobre seu momento, o do Paysandu e a disputa para ser titular.

P Pelo fato de ter jogado essas duas primeiras partidas da temporada, você acha que sai na frente para ser o titular do Paysandu no ano?

R Me dediquei muito para ter essa chance. Vinha treinando desde as férias, em casa, focando esse início de ano. A pré-temporada foi muito boa e pretendo evoluir a cada jogo para ajudar minha equipe e ter uma sequência boa de jogos com a camisa do Paysandu.

P O Paysandu iniciou o ano muito bem. O que vocês conversam internamente para aproveitar o momento e, ao mesmo tempo, manter os pés no chão?

R É importante começar o ano com vitória e diante do nosso torcedor. Sempre tem uma coisa ou outra a corrigir, mas hoje temos muito mais pontos positivos que negativos. Além disso, é mais fácil ajustar as coisas quando estamos vencendo, sempre com os pés no chão, pois estamos apenas no começo do ano e tem muita coisa pela frente, temos que manter a humildade e continuarmos nessa pega em que estamos treinando.

P Depois de um ano de Curuzu, você acha que leva alguma vantagem por conhecer melhor o clube que os demais goleiros?

R Vantagem não é a palavra correta para se usar, até porque todos trabalham da mesma forma, com as mesmas condições. Eu me sinto privilegiado por ter voltado ao clube, mais ambientado com a metodologia. Eu me sinto em casa aqui, mas todos têm as mesmas chances e brigam por seu espaço. Essa briga sadia tem que existir para que o treinador fique com dor de cabeça e quem está no elenco tem que aproveitar a chance quando ela aparece.

P O jogo diante do Independente foi adiado por causa do gramado do Navegantão. A maioria dos gramados no Parazão é ruim. Quais as principais dificuldades de um campo ruim para um goleiro?

R O gramado de lá dificultaria não só para o goleiro como para o pessoal de linha. Mas, a gente tem que se adaptar o mais rápido aos terrenos. Não podemos usar isso de desculpa nos jogos porque as duas equipes saem prejudicadas. Temos que dar nosso melhor e vencer em qualquer situação.

P Você entende que 2022 pode ser o ano que tanto espera, com mais tempo de campo?

R É o momento em que espero há algum tempo. Quero que 2022 seja muito positivo para mim e todos que vivem o Paysandu em todos os momentos. Sei do tamanho da responsabilidade quando entro em campo com essa camisa, por isso trabalho tão forte todos os dias. Quero ter uma sequência grandiosa pelo Paysandu.

Segundo Elias Curzel, a falta de um jogo não chega a ser um prejuízo para a preparação do elenco, que vai ter mais tempo para focar na preparação para o outro compromisso. Na quarta-feira, dia 9, o Paysandu recebe o Caeté, na Curuzu. “O planejamento segue o mesmo do dia a dia, com treinos com muita intensidade para chegarmos ao nosso melhor. Teremos mais tempo de preparação até nosso próximo compromisso”, disse o goleiro bicolor.

Na sexta-feira, o clube anunciou o início da venda de ingressos para o jogo. Eles estavam à venda exclusivamente de forma online a preços de R$ 40 (arquibancada) e R$ 60 (cadeira). Apenas adeptos adimplentes do programa Sócio Fiel Bicolor no plano Papão da Curuzu puderam garantir sua entrada pela metade do valor. Desde ontem, das 9 horas às 14 horas, a comercialização foi liberada ao público em geral, de forma presencial, nas bilheterias do estádio.

Somente os torcedores que receberam as duas doses da vacina contra a Covid-19 em um prazo de 15 dias antes da partida estarão aptos a adentrar na Curuzu, por recomendação dos órgãos públicos. No dia do jogo, os portões do estádio estarão abertos das 17 horas às 19 horas. Após esse horário, não será permitida a entrada de torcedores mesmo com ingresso em mãos. As autoridades sanitárias não permitem a presença de mulheres grávidas nos jogos e de quem tomou apenas uma dose da vacina contra a Covid-19.