Em um nacional de futebol, é normal que alguns times viagem mais do que outros. Tudo depende da localização geográfica e logística aérea e terrestre que as equipes precisam percorrer para disputar um jogo. Para o Clube do Remo, esse está sendo um problema muito grande, uma vez que, suas viagens são sempre de madrugada, prejudicando o sono dos jogadores e deixando-os mais propícios a lesões.
O time percorrerá durante o Campeonato Brasileiro da Série B uma distância de 49.636 quilômetros, que equivale a uma volta pelo planeta terra de carro. Para a equipe médica do clube paraense, isso pode representar grandes riscos de lesões e quadros de desidratação nos jogadores, prejudicando-os não só fora, como também dentro de campo.
Para o chefe do Departamento Médico do Leão, Dr. Jean Klay, esse está sendo o principal problema enfrentado pelo time no início da série B. Segundo Jean, uma noite mal dormida pode significar mais de um dia para recuperação plena do atleta, o que pode prejudicar ainda mais o desempenho dos jogadores, já que as viagens ocorrem geralmente pela madrugada.
“A nossa rotina de viagens hoje no Clube do Remo, que geralmente se concentra pela madrugada, cerca de duas viagens por semana, tem prejudicado de forma significante a recuperação de nossos atletas", Analisa o médico.
Jean ainda explica que, do ponto de vista fisiológico, uma noite mal dormida levaria mais ou menos dois dias para recuperação completa dos jogadores, fazendo com que o treino fique prejudicado e o índice de lesões aumente, principalmente quando se trata de lesões musculares.
Para minimizar esse desgaste, o Clube utiliza uma equipe multidisciplinar, com a realização de treinamentos específicos, e em caso de viagens, estratégias como limite do sono após as distâncias percorridas, porém, nem sempre essas medidas são suficientes para evitar lesões.
"Estamos com dois jogadores com lesão muscular, e essa [viagens] pode ser a causa", comenta Jean Klay.
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