João Brigatti garante time com moral para o próximo jogo

O confronto entre Papão e Gavião do Norte foi equilibrado na maior parte do tempo, mas de fato foi o time paraense quem esteve mais perto de vencer se levado em consideração apenas as atuações. O Manaus abriu o placar com o zagueiro Luís Fernando, que subiu mais que toda a defesa bicolor para cabecear sem chances para Paulo Ricardo. O empate veio já nos minutos finais, em cobrança de penalidade convertida por Uilliam Barros.

“Pela apresentação que tivemos o resultado não mostrou o que foi o jogo. Tivemos volume para vencer. Faltou um pouco de infiltração e finalização, algo que teremos que trabalhar bastante ao longo dessa semana para melhorar para a próxima partida. A gente vinha de uma vitória fantástica, o que acalmou os ânimos. Contra o Manaus a equipe se comportou bem e por algumas situações não conseguimos a vitória”, observou Brigatti, que após os minutos finais ficou ainda alguns minutos em campo, na área técnica do banco alviazul.

“Estava analisando o que foi o jogo, o que aconteceu nos 90 minutos, as chances perdidas e a falta de equilíbrio em alguns momentos do jogo. Ruim seria a derrota. O empate foi ruim, mas não de todo mal. Ainda assim, vamos fortes e com moral para a próxima partida. Nossa equipe é forte mentalmente e vamos reverter essa situação”, explicou o treinador.

A magnitude da missão bicolor pode fazer com que os próximos dias sejam de novidades na Curuzu. Mesmo faltando tão pouco tempo para o fim da primeira fase, o elenco começa a dar sinais de que precisa de reforços. Brigatti deixou claro que confia no grupo atual, e que se for para vir mais algum terá que ser para chegar e jogar. “A diretoria está aberta a algumas situações, mas está difícil trazer algum atleta nesse momento. Se vier é para chegar e jogar, até pelas circunstâncias do campeonato. Por outro lado, temos que valorizar bastante esse elenco. Confio nesse grupo para buscar a classificação”.

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VINÍCIUS LEITE FEZ SEU ÚLTIMO JOGO EM BELÉM

Aos 13 minutos do segundo tempo do jogo de sábado, o meia-atacante Vinícius Leite caiu pela esquerda, driblou dois adversários e tocou de chapa, tirando do goleiro. Caprichosamente, a bola explodiu no travessão e impediu um golaço a favor do Paysandu. O empate com o Manaus-AM foi a despedida do jogador de Belém. Com contrato assinado com o Avaí-SC, o jogador despede-se do Paysandu provavelmente na partida de domingo que vem, fora de casa, contra o Jacuipense-BA. Ele fica sem contrato com o Papão dois dias depois.

A saída de Vinícius significa para o Papão um jogador com a marca de gols iguais ao do artilheiro Nicolas. Líder de assistências e pré-assistências, Vinícius teve participação direta em 18 gols do Paysandu esse ano. A saída dele deve vir, inclusive, com uma mudança na forma do Papão jogar. É o que comentou o técnico João Brigatti. “O Vinícius tem mais um jogo e nos ajuda demais. Ele quase fez um gol de placa. Quando não pudermos mais contar com ele vamos analisar o que fazer. Estamos atentos, vamos fazer o que for preciso fazer em prol da equipe, até uma mudança de sistema de jogo”.

Em seu último dia no Paysandu no Mangueirão, Vinícius Leite fez uma declaração de amor ao clube, à cidade e à torcida e deixou claro que o adeus pode se tornar um “até breve”, deixando o futuro em aberto quanto à possibilidade de um retorno.

“Só tenho que agradecer esse grande clube que me acolheu e a torcida que me incentivou. Eu sei que essa equipe tem muita coisa para colher no campeonato. Triste por hoje (sábado), merecíamos mais. Mas é o futebol. Só tenho a agradecer a torcida, diretoria e os jogadores que me apoiaram. Sempre fiz o meu melhor aqui. É um até breve”, disse. “A torcida foi fundamental. Desde que cheguei eles me apoiaram. Em todos os jogos que tinha torcida eles apoiavam. Foi difícil jogar essas partidas sem ela ao nosso lado. Fiz o que podia ter feito. Agora é seguir os caminhos e espero um dia poder voltar”, completou Vinícius.