A paraense Amanda Lemos volta neste sábado (22) ao octógono depois de nove meses. A Peso-Palha vai encarar a japonesa Mizuki Inoue no UFC Apex, em Las Vegas, nos Estados Unidos. Será a terceira luta dela no UFC, maior empresa de MMA do mundo. Em 2017, ela perdeu para Leslie Smith, mas em novembro do ano passado se recuperou com uma finalização sobre a norte-americana Miranda Granger.
O hiato entre as duas lutas se deu por causa de uma suspensão de dois anos por uso de esteroides. A luta de logo mais marca essa retomada depois do doping. Em 2017, quando estreou no evento, estava sem treinar há quatro meses e tinha praticamente desistido no MMA. Quando teve a confirmação que ia lutar, 15 dias antes, ainda se machucou na preparação e quase não treinou.
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No período de suspensão, Amanda passou também por duas cirurgias na região lombar. A experiência de quase ser banida depois da grande chance e a volta por cima é algo que ela ressalta no seu atual momento. “Foi bem difícil, felizmente contei com a ajuda da minha família, apoio financeiro inclusive, e da minha companheira, que é meu braço direito e está sempre comigo”.
MIZUKI INOUE
A adversária deste sábado também está iniciando sua trajetória no UFC. Inoue tem apenas um confronto na organização, com vitória em agosto do ano passado. Como a meta da paraense é o cinturão, ela busca a vitória para tentar mais um combate ainda em 2020, dessa vez contra uma atleta melhor ranqueada. A atual campeã da categoria é a chinesa Zhang Weili.
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P Como foram os treinos no período de isolamento?
R Foi bem complicado esse período. Eu treinei na academia porque ela abria só para mim. Outros treinos eu fazia no quintal de casa com meu treinador indo lá. Eu me dividia entre esses dois locais. Foi muito complicado mesmo, mas acho que treinei bem, sim. Lógico que faltam muitas coisas, mas procurei fazer o melhor nesses dias.
P Será a tua terceira luta no UFC, a primeira sem público. Isso de alguma forma afeta?
R O público é legal, ver aquela torcida toda, mas eu estou tão focada nessa luta, penso tanto nela que não estou preocupada com isso, não. Quero chegar lá e fazer bem meu trabalho. Quando a gente está lá dentro acaba esquecendo o que está do lado de fora, eu sou assim, meu foco é total no combate. Minha mente escuta apenas a minha voz e do meu corner.
P Passa pela tua cabeça morar fora do Brasil?
R Tenho planos de fazer um ‘camp’ fora, quem sabe morar fora do Brasil também, futuramente. Mas, em Belém, tenho excelentes treinadores, tenho parcerias com academias muito boas, tenho ‘sparrings’ excelentes. Penso em sair no futuro, mas por enquanto estou muito bem servida na cidade que amo.
P O que mudou da primeira vez para essa terceira luta?
R Mudou muito a força mental. Fisicamente também, mas a experiência conta muito. Minha primeira luta eu aceitei faltando apenas 15 dias, sendo que nem estava treinando e tinha desistido do MMA. Nos treinos, me machuquei e encarei a luta sem treinar. Me deparei com um mundo diferente, com uma visibilidade enorme e fiquei nervosa. Hoje essa situação é inimaginável. Hoje vivo disso, só treino. É a minha profissão.
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