O esporte tem o poder raro de atravessar gerações, misturar memórias e criar cenas que vão além do placar. Em grandes eventos, não são apenas as bolas que sobem à rede: sobem também histórias, afetos e personagens que ajudaram a construir a identidade de uma modalidade. Foi nesse clima de celebração, encontro e emoção que o Mangueirinho viveu mais uma noite especial durante o Mundial de Clubes de Vôlei Masculino, em Belém.
Uma dessas presenças simbólicas foi a de Hélia Rogério de Souza Pinto, a eterna Fofão. Campeã olímpica em Pequim 2008 e dona de duas medalhas de bronze com a Seleção Brasileira, em Atlanta 1996 e Sydney 2000, a ex-levantadora marcou presença nas semifinais e foi imediatamente reconhecida pelo público. Nas arquibancadas da Arena Guilherme Paraense, recebeu abraços, posou para fotos e retribuiu com sorrisos o carinho dos torcedores paraenses.
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Encantada com o ambiente, Fofão fez questão de elogiar a energia da torcida e o espírito de acolhimento visto durante os jogos do Mundial de Clubes, competição promovida pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) com apoio do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (SEEL). Para a ex-atleta, o comportamento do público reflete a identidade brasileira. "É uma festa linda. O carinho não é só com os brasileiros, mas com todos os times. Isso mostra o que é o Brasil e, especialmente, o povo de Belém e do Pará: acolhedor", afirmou.
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CARREIRA VITORIOSA
A trajetória de Fofão ajuda a explicar o respeito que desperta por onde passa. Entre 1991 e 2008, ela disputou 340 partidas pela Seleção Brasileira, participou de cinco Jogos Olímpicos consecutivos e se consolidou como uma das jogadoras mais vitoriosas da história do voleibol nacional. Ao lado de Thaísa Daher, é uma das únicas atletas brasileiras com três medalhas olímpicas na modalidade.
Dentro de quadra, a semifinal também reservou um protagonista inesperado para o público local. O Osaka Bluteon, do Japão, venceu o Warta Zawiercie, da Polônia, por 3 sets a 0, com parciais de 25/17, 25/23 e 25/19, e garantiu vaga na grande final do Mundial. O destaque da partida foi Lopez, do time japonês, com 13 pontos.
OSAKA BLUTEON NA FINAL
A atuação segura do Osaka Bluteon conquistou a torcida brasileira, que passou a vibrar a cada ponto da equipe asiática. A mineira Júlia Dias, presente no Mangueirinho, explicou a escolha nas arquibancadas. "A gente veio torcendo pelo Sada Cruzeiro, mas, pelas amizades e pela qualidade do time, estamos torcendo pelo Osaka. A final promete ser um jogão", comentou.
Além do espetáculo esportivo, Júlia também ressaltou a experiência em Belém. Impressionada com a Arena Mangueirinho, destacou a participação do público e a cultura local. "As pessoas são incríveis, a torcida entende de vôlei e participa muito. Mesmo sem jogos frequentes da Superliga aqui, o clima é sensacional", disse.
Com a vitória, o Osaka Bluteon disputa a final neste domingo (21), às 18h30, no Mangueirinho, contra o vencedor do duelo entre Perugia, da Itália, e Vôlei Renata, de Campinas. O clube paulista é o último representante brasileiro na competição. Já o Warta Zawiercie volta à quadra mais cedo, às 15h, para a disputa do terceiro lugar.
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