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Entenda como vai funcionar o impedimento semiautomático no Brasil

A tecnologia, já consagrada em ligas de elite como a Premier League e a Série A, promete revolucionar uma das regras mais complexas e decisivas do esporte.

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Imagem ilustrativa da notícia Entenda como vai funcionar o impedimento semiautomático no Brasil camera Por meio de 30 aparelhos iPhone 16 Pro instalados no teto dos estádios, o SAOT gravará as partidas do Campeonato Brasileiro em resolução 4K, a 100 quadros por segundo. | Reprodução

O futebol brasileiro deu um passo decisivo rumo à modernização tecnológica com a confirmação, pela CBF, da implementação do impedimento semiautomático (SAOT) a partir de 2026.

A tecnologia, já consagrada em ligas de elite como a Premier League e a Série A, promete revolucionar uma das regras mais complexas e decisivas do esporte. O sistema será introduzido inicialmente nas competições de maior visibilidade, como a Série A do Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil, marcando uma nova era na tomada de decisões de arbitragem no país.

Como funciona o SAOT: rastreamento corporal e validação rápida

O sistema de impedimento semiautomático representa um avanço substancial em relação ao modelo atual do VAR. Sua operação combina três componentes tecnológicos de ponta para oferecer decisões mais ágeis e precisas.

Rastreamento por múltiplas câmeras e linhas calibradas

Por meio de 30 aparelhos iPhone 16 Pro instalados no teto dos estádios, o SAOT gravará as partidas do Campeonato Brasileiro em resolução 4K, a 100 quadros por segundo.

Esta rede de monitoramento gera um modelo 3D preciso das posições dos atletas, eliminando a necessidade de os árbitros do VAR desenharem linhas de impedimento. O sistema calcula automaticamente as posições e traça linhas perfeitamente calibradas a partir dos dados dos jogadores mais relevantes para a jogada.

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Processo de validação e comunicação

Assim que uma possível infração de impedimento é detectada, o sistema gera automaticamente um alerta para a equipe do VAR. Os árbitros de vídeo então validam a decisão — um processo que leva, em média, de 20 a 30 segundos, significativamente menos que os atuais um a dois minutos.

Uma vez confirmado, o resultado é comunicado imediatamente aos árbitros de campo e, crucialmente, aos espectadores no estádio e nas transmissões, por meio de animações claras que mostram exatamente onde ocorreu o impedimento.

Arbitragem da CBF: limites da "consistência" e transparência

A implementação do SAOT no Brasil vem acompanhada de um importante debate sobre os limites da tecnologia e a necessária transparência no processo decisório.

Uniformidade nas decisões: uma utopia?

Rodrigo Cintra, presidente da comissão de arbitragem da CBF, tem sido realista sobre as expectativas: "A uniformidade absoluta é algo utópico", disse em um discurso durante a abertura do 1º Grupo de Trabalho de Arbitragem.

A declaração reflete o entendimento de que, mesmo com tecnologia de ponta, os fatores humanos e interpretativos continuarão presentes. O foco, portanto, está na criação de protocolos claros para situações limítrofes e na padronização de procedimentos para garantir a máxima consistência possível.

Protocolos de transparência e comunicação

Um dos pilares da implementação será a comunicação ampla e transparente após as revisões. A CBF, que segue inovando também em outras competições, planeja divulgar explicações detalhadas sobre decisões controversas, incluindo o compartilhamento público das imagens e dados utilizados pelo sistema.

O ecossistema de tech no futebol: VAR, GLT, EPTS e smart ball

O SAOT chega para integrar-se a um ecossistema tecnológico já estabelecido no futebol brasileiro, compondo uma rede de ferramentas que transformaram o esporte nos últimos anos.

Tecnologias consolidadas e emergentes

Além do SAOT e do já familiar VAR, o futebol brasileiro conta com a tecnologia de gol (GLT), que utiliza sensores para detectar com precisão quando a bola ultrapassa completamente a linha do gol.

O Electronic Performance and Tracking Systems (EPTS) permite o monitoramento em tempo real do desempenho físico dos jogadores por meio de dispositivos GPS. A bola inteligente, equipada com sensores de movimento, e o spray eletrônico, que desaparece após alguns segundos de aplicação, completam o arsenal tecnológico que otimiza tanto o jogo em si quanto a análise de desempenho.

Implementação e métricas: tempo de checagem e assertividade

A adoção do SAOT no Brasil será monitorada por meio de métricas específicas que avaliarão seu impacto real no jogo e na experiência dos envolvidos.

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Redução de tempos e aumento de precisão

As principais métricas incluem o tempo médio de verificação de impedimento, que se espera reduzir em mais de 50% em comparação com o sistema atual. A precisão nas chamadas de impedimento apertadas, tradicionalmente as mais controversas, deve atingir níveis próximos a 100%.

Cronograma de implementação e treinamento

A CBF já iniciou o processo de capacitação de árbitros e assistentes de vídeo para o novo sistema. O investimento inclui não apenas a tecnologia em si, mas um programa abrangente de educação para os profissionais de arbitragem.

O impedimento semiautomático deverá entrar em vigor a partir da primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2026, em 28 de janeiro.

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