Nesta segunda-feira (10), o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, voltou a ser julgado pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), em sessão que analisava o recurso da Procuradoria contra a condenação dele de 12 jogos de suspensão e multa de R$ 60 mil, determinada em setembro. No entanto, o julgamento foi interrompido após o auditor Marco Aurélio Choy pedir vista do processo, solicitando mais tempo para analisar o caso antes de emitir seu voto.
Com isso, a sessão foi adiada e deve ser retomada no final desta semana, possivelmente na quinta (13) ou sexta-feira (14). Até o momento da interrupção, apenas um voto havia sido proferido. O relator do caso, Sérgio Furtado Filho, defendeu a absolvição de Bruno Henrique no artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) — que trata de atuar de forma contrária à ética desportiva para influenciar o resultado de uma partida.
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Caso esse entendimento prevaleça, o jogador estaria liberado para voltar a jogar. Por outro lado, o relator propôs uma multa maior, condenando o camisa 27 com base no artigo 191 (deixar de cumprir uma obrigação legal ou regulamento de competição), fixando o novo valor em R$ 100 mil. A sessão será retomada com o voto de Marco Aurélio Choy, o segundo de um total de nove auditores que compõem o Pleno do tribunal.
Entenda o caso
Bruno Henrique foi condenado em 4 de setembro pelo STJD por supostamente forçar um cartão amarelo em partida contra o Santos, pelo Brasileirão de 2023, o que teria beneficiado apostadores. Na ocasião, o Flamengo perdeu por 2 a 1 no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O lance que motivou a denúncia aconteceu nos acréscimos do segundo tempo, quando o atacante recebeu o terceiro cartão amarelo e, logo em seguida, foi expulso após reclamar de forma acintosa com o árbitro Rafael Klein.
Durante o primeiro julgamento, o atleta foi absolvido no artigo 243 (atuar de modo prejudicial à própria equipe), mas condenado no artigo 243-A, com pena de 12 jogos de suspensão e multa de R$ 60 mil.
Investigação da Polícia Federal
A punição esportiva se baseia também em uma investigação da Polícia Federal (PF), aberta em novembro de 2024, que apura fraude esportiva. A PF realizou busca e apreensão e extraiu conversas do celular de Wander, irmão do jogador, que embasaram os indiciamentos.
Segundo as investigações, Bruno Henrique teria informado ao irmão que pretendia forçar um cartão amarelo no duelo contra o Santos, já que estava pendurado. Em seguida, Wander, a esposa do jogador, uma prima e amigos teriam feito apostas específicas sobre o cartão, levantando suspeitas das casas de apostas devido ao volume atípico. A investigação federal deu origem também ao processo no STJD, que agora analisa o recurso.
O que vem pela frente
Com o pedido de vista, Bruno Henrique ainda aguarda o resultado final do julgamento para saber se será absolvido completamente ou se cumprirá nova punição e multa. Enquanto isso, o Flamengo se prepara para os próximos compromissos pelo Campeonato Brasileiro:
- Sport (F) – 15/11, às 18h30 (de Brasília)
- Fluminense (F) – 19/11, às 21h30 (de Brasília)
- Red Bull Bragantino (C) – 22/11, às 21h30 (de Brasília)
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