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PLANO DE AÇÃO

Seis pontos que explicam o projeto de Tite para o Flamengo

A entrevista coletiva de apresentação de Tite no Flamengo revelou quais os principais aspectos do planejamento do novo treinador rubro-negro.

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Imagem ilustrativa da notícia Seis pontos que explicam o projeto de Tite para o Flamengo camera Durante coletiva de apresentação, Tite indicou quais são suas prioridades no início de trabalho no Flamengo. | Marcelo Cortes/CR Flamengo

Tite encarou os jornalistas pela primeira vez desde que se tornou técnico do Flamengo. Na entrevista coletiva, abriu o jogo sobre algumas coisas, não respondeu outras.

Um olhar mais cuidadoso, no entanto, permite identificar quais recados Tite trouxe pensando no presente e já apontando para o futuro rubro-negro.

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CUIDADO NÃO SÓ COM ATAQUE

"Conhecimento humano primeiro. Na sequência, implementação de fase ofensiva, defensiva e de bola parada."

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Essa foi a resposta que deu ao sócio-torcedor que abriu a coletiva e indagou o que o técnico treinou ao longo da semana. Tite repete que gosta de times equilibrados. O balanço entre um time criativo e eficiente na marcação regula, por exemplo, a montagem da equipe até na função de centroavante: Pedro e Gabigol juntos? O dilema passa por isso, sobre o quanto eles podem colaborar não só com os gols e a construção do ataque, mas também na doação à marcação.

Essa discussão ganha ainda mais relevância em relação ao restante da formação do time —se com Bruno Henrique, Arrascaeta, Everton Ribeiro e todos os outros talentos do meio para frente.

2024 JÁ COMEÇOU E BRASILEIRO VIRA ESPÉCIE DE 'ELIMINATÓRIAS'

"O projeto pesou mais forte. É uma situação que traz riscos e benefícios. O objetivo é classificação direta à Libertadores. (...) Pensando em 2024, conhecer os atletas agora é importante."

Tite tinha prometido que não trabalharia em 2023. Mudou de ideia, considerando o calendário da vida real. Mas 2024 já começou no Flamengo. Por isso, o treinador topou "ajuste de datas" com a diretoria.

As 12 rodadas do Brasileiro vão funcionar como uma espécie de Eliminatórias para a Copa (Libertadores). Um paralelo à situação encontrada por Tite quando assumiu a seleção em 2016, fora da zona de classificação ao Mundial e também com 12 jogos pelo caminho.

Trabalhar desde já, na cabeça de Tite, é ganhar tempo em relação a um início de trabalho que eventualmente aconteceria em janeiro. Mas o técnico não se posicionou diretamente quando foi perguntado a respeito das renovações contratuais pendentes, como as de Bruno Henrique e Everton Ribeiro.

ESTIMULAR CONCORRÊNCIA INTERNA

Pedro ou Gabigol? O que fazer com Cebolinha? Tite teve que lidar com essas questões logo de cara. Por isso, trouxe à tona um trecho do papo com a dupla de atacantes.

"'Como vocês podem contribuir um com o outro, Pedro e Gabi?' 'Competindo e elevando o nível técnico em treinos e jogos, vamos trazer o nível acima'. Serve para o Everton (Cebolinha)."

Ou seja, quer que a concorrência interna seja combustível para um melhor rendimento dos jogadores. O termo "lealdade" também vai aparecer com frequência nos discursos de Tite sobre esse assunto.

ATENÇÃO IGUAL PARA QUEM NÃO É TITULAR

O Flamengo neste ano teve brigas entre jogadores e membro da comissão técnica. Com socos e tudo. Tite foi perguntado: como resolver isso? Ele se valeu dos tempos como jogador. E recorreu a um exemplo para dizer que precisa gerar um ambiente no qual todos se sintam prestigiados.

"Como atleta, eu observava os técnicos e ele treinava igual e respeitava igual. Eu tive o Carlos Alberto Silva como exemplo."

Esse aspecto já gerou elogios anteriores a Tite. Não é porque um jogador está na reserva que ele receberá instruções ou cuidados diferentes de quem está na equipe titular.

TIME OFENSIVO, SEM TIRAR JOGADORES DE ONDE GOSTAM DE ATUAR

"Técnico tem que se adaptar aos atletas e ao clube. E não ao contrário."

Onde encaixar tantos jogadores renomados? Qual o nível de inventividade na escalação? O antecessor, Jorge Sampaoli, chegou a colocar Thiago Maia na lateral esquerda e David Luiz como volante. Quando indagado sobre como gerar confiança na equipe, Tite disse que tem um limite e uma linha de raciocínio.

"Eu acredito em confiança e em ser desafiado. Não gosto de tirar da zona de conforto. É deixar na zona de confiança e desafiar", afirmou o treinador, adepto do mantra "mentalmente forte".

ESQUECER O QUE PASSOU

"Todas as atenções estão voltadas para a preparação."

Tite não quer perder tempo com um diagnóstico público sobre os trabalhos fracassados de Vitor Pereira e Jorge Sampaoli. Passado o período de "conhecimento humano" - um entendimento com os funcionários do clube, como um todo, algo que o diferencia do argentino -, o foco está nos 12 jogos restantes do Brasileirão. A começar pelo Cruzeiro, quinta-feira, fora de casa, seguindo a receita:

"Precisa jogar e saber jogar de forma consistente defensivamente e ser eficiente em bolas paradas".

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