O Botafogo está confirmado nas quartas de final da Sul-Americana. O clube alvinegro segurou o empate por 0 a 0 com o Guaraní, no Paraguai, e avançou pelo resultado construído em casa. O time brasileiro tinha a vantagem do empate por ter vencido o jogo de ida das oitavas por 2 a 1, no Nilton Santos. Uma derrota por um gol nas volta levaria a disputa para os pênaltis.
O Botafogo vai enfrentar na próxima fase o Defensa y Justicia. A equipe argentina eliminou o Emelec-EQU no caminho. A classificação rende R$ 2,9 milhões aos cofres do clube. As partidas quartas de final estão marcadas para as semanas dos dias 23 e 30 de agosto.
O Alvinegro volta a campo no sábado (12) para enfrentar o Inter, em casa, pela 19ª rodada do Brasileirão. O time está na liderança isolada do campeonato, com 44 pontos — com 13 de vantagem para o Fla, atual vice-líder.
COMO FOI O JOGO
O primeiro tempo começou morno e terminou com o Botafogo flertando com o perigo. O Alvinegro comandou as ações ao longo da etapa inicial, mas não finalizou a gol, passou a ceder espaços e quase viu a vantagem ruir antes do intervalo.
O Guaraní, mesmo precisando da vitória, deixou o adversário com a bola e apostou em estocadas. O time da casa neutralizou a criação dos brasileiros, que tinha Segovia como maior arma ofensiva na ausência do lesionado Tiquinho Soares, acertou a trave e ficou a centímetros de inaugurar o placar em um apagão dos visitantes.
Bruno Laje mexeu no time após o intervalo e deu novo gás ao Botafogo. O treinador português promoveu as entradas de Marlon Freitas e Luis Henrique nas vagas de Tchê Tchê e Segovia, respectivamente — ele já havia acionado Di Plácido logo no início após lesão de JP Galvão, que sofreu um trauma no cotovelo direito e deixou o estádio de ambulância para realizar exame de imagem.
O Alvinegro freou a tentativa de reação do GuaranÍ e conquistou a vaga em Assunção. Os visitantes tiveram a chance de confirmar a classificação, mas não aproveitaram e sobreviveram à pressão final dos paraguaios para voltar ao Brasil classificado.
LANCES IMPORTANTES
Pedido de pênalti. Aos 15 minutos do primeiro tempo, o Botafogo vacilou na saída de bola e o GuaranÍ armou contra-ataque. Benítez foi lançado na área e caiu após dividida com Danilo Barbosa. O árbitro mandou o jogo seguir, enquanto os paraguaios reclamavam, e o VAR confirmou a decisão de campo.
Segovinha joga bola. Aos 23 minutos do primeiro tempo, Segovia recebeu próximo da área, procurou espaço e chutou, mas tirou muito do gol e mandou para fora.
Para fora. Aos 34', Camacho cobrou escanteio com efeito pela esquerda. Riveros ganhou de Adryelson pelo alto e cabeceou firme, mandou a bola rente à trave direita.
Trave e gol perdido. Aos 43', Camacho levou a melhor em disputa contra Phillipe Sampaio, invadiu a área pela direita e a bola sobrou para Benítez, que carimbou a trave. Na sequência, Benítez teve nova chance, mas desperdiçou ao completar um cruzamento para fora.
Outra chance perdida. Aos 18' do segundo tempo, Santander desviou de cabeça um cruzamento e criou um ataque promissor. Camacho carregou a bola e cruzou para Barceló, que dominou mal e deu tempo para Gatito ficar com a bola.
Quase gol do Botafogo. Aos 40', a defesa do GuaranÍ deu bobeira após chutão de Gatito, Carlos Alberto fez fila aos trancos e barrancos e chutou diante de Muñoz, mas o goleiro conseguiu evitar o tento que frustraria (ainda mais) o time da casa.
Gatito salva. Aos 43', o GuaranÍ tentou um esforço final. Barceló foi lançado na direita e cruzou, a bola sobrevoou a área e chegou em Camacho no segundo pau, que finalizou rasteiro e viu Gatito espalmar.
FICHA TÉCNICA
Estádio: Defensores del Chaco, em Assunção (PAR)
Árbitro: Felipe González (CHI)
Assistentes: Juan Serrano (CHI) e Miguel Rocha (CHI)
VAR: Rodrigo Carvajal (CHI)
Cartões amarelos: Júnior Santos, Marçal, Camacho, Gil Romero
Cartões vermelhos: Não houve
GUARANÍ-PAR
Muñoz; Raúl Cáceres, José Moya, Riveros e Salomoni; Moreira, Gastón Gil Romero (Sarquis) e Rubén Ríos (Barceló); Camacho, Benítez (Gallardo) e Santander. T.: Juan Pablo Pumpido
BOTAFOGO
Gatito Fernández; JP Galvão (Di Plácido), Adyelson, Philipe Sampaio e Marçal; Danilo Barbosa, Tchê Tchê (Marlon Freitas) e Lucas Fernandes (Gustavo Sauer); Diego Hernández (Carlos Alberto); Matías Segovia (Luis Henrique) e Júnior Santos. T.: Bruno Lage
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