Corinthians nega pedido de demissão de Cuca por protestos

A diretoria do Corinthians negou que o técnico Cuca tenha colocado o cargo à disposição por conta dos protestos contra a sua contratação, motivados pela condenação no caso de estupro de uma menina de 13 anos, em 1987, na Suiça. A pena de 15 meses de prisão, assim como as condenações dos outros três jogadores do Grêmio-RS envolvidos no crime sexual, jamais foi cumprida.

A pressão pela saída do treinador, que estreou no comando do clube com derrota por 3 a 1 diante do Goiás, pelo Campeonato Brasileiro da Série A, é tamanha que nesta segunda-feira (24) surgiu o boato de que Cuca havia pedido demissão logo após a partida do último domingo (23), em Goiânia, que foi marcada por protestos de torcedores.

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A informação foi divulgada em primeira mão pelo SporTV e, em seguida, citado pelo comentarista e ex-jogador do Timão, Vampeta, na Jovem Pan. Mais tarde, o apresentador e ídolo corintiano, Neto, também mencionou o suposto pedido de demissão no programa "Os Donos da Bola", na Band.

Segundo a apuração da equipe de produção da atração, no entanto, dirigentes ligados ao departamento de Futebol do clube paulista negaram que o pedido de demissão tenha ocorrido.

Ainda de acordo com o noticiário da mídia esportiva da capital paulista, Cuca chegou ao CT Joaquim Grava por volta das 8h desta segunda-feira e já teria iniciado a preparação com vistas ao duelo contra o Clube do Remo, na próxima quarta-feira (26), pela 3ª fase da Copa do Brasil.

CONTRATAÇÃO POLÊMICA

Diante dos protestos de torcedores que são contrários à contratação de Cuca, a direção do Corinthians tem utilizado a versão apresentada pelo treinador sempre que é questionado sobre a condenação por estupro na Suíça, segundo a qual ele não teria participado do ato e foi julgado "à revelia" por não ter comparecido ao julgamento.

Apesar disso, o clube tomou precauções antes mesmo de anunciar a contratação de Cuca. Segundo o próprio treinador informou na coletiva de apresentação, na última sexta-feira (21), o contrato entre as partes não prevê pagamento de multa rescisória em caso de uma eventual demissão ou pedido de saída.