A fase de grupos da Copa Libertadores da América, que será iniciada nesta terça-feira (5), tem oito equipes do Brasil. O número iguala o recorde estabelecido em 2017 e reforça a possibilidade de o país estender a hegemonia de que vem desfrutando no futebol de clubes da América do Sul.
São brasileiros os vencedores das últimas três edições da Libertadores, Flamengo (2019) e Palmeiras (2020 e 2021). Nas duas decisões mais recentes -e também na Copa Sul-Americana de 2021-, houve um monopólio do Brasil, com disputas pela taça entre times compatriotas.
Em 2022, mais uma vez, as agremiações do país aparecem entre as favoritas nas casas de apostas. Além dos últimos campeões, está bem cotado o Atlético Mineiro, que no ano passado conquistou o Campeonato Mineiro, o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil -neste ano, já faturou a Supercopa do Brasil e levou o Mineiro de novo.
Também estão na disputa o Fortaleza, o Corinthians, o Red Bull Bragantino, o Athletico Paranaense e o América-MG. Este obteve sua vaga na fase de grupos de maneira dramática, sobrevivendo à etapa conhecida como pré-Libertadores em uma disputa por pênaltis com o Barcelona de Guayaquil. Já o Fluminense, também nos pênaltis, caiu diante do paraguaio Olimpia.
Apesar da derrota tricolor, os brasileiros são 25% das equipes na competição. O primeiro a entrar em campo será o Athletico, que visitará o Caracas, às 19h15 (de Brasília) desta terça, na Venezuela, com transmissão da ESPN.
Em seguida, às 21h30, o Flamengo enfrentará o Sporting Cristal, em Lima no Peru -o SBT (menos SP e PR) e a ESPN exibirão o confronto. No mesmo horário, com SBT (SP e PR) e Conmebol TV, o Corinthians jogará contra o boliviano Always Ready, em La Paz.
A formação alvinegra começou a temporada com expectativas altas, com o elenco reforçado por jogadores renomados e experientes, como Paulinho, 33, Renato Augusto, 34, e Willian, 33. A experiência, porém, é acompanhada de uma condição física limitada, o que ficou claro no fracasso registrado no Campeonato Paulista.
Após a queda no torneio estadual, com derrota em atuação apática contra o rival São Paulo nas semifinais, o técnico português Vítor Pereira promoveu várias alterações na escalação. Ganharam espaço jovens como Adson, 21, e o recém-chegado Maycon, 24, emprestado pelo Shakhtar Donetsk -time da Ucrânia impedido de atuar pela guerra em curso no país.
A vitalidade será especialmente necessária nos mais de 3.600 m de La Paz. Para minimizar os efeitos da altitude no organismo dos atletas, a delegação chegará à cidade poucas horas antes do jogo -em geral, o corpo leva algum tempo para apresentar as reações mais adversas ao que é chamado de "mal da montanha".
"É uma competição diferente, que nos coloca diferentes dificuldades, diferentes estilos de futebol, altitudes, diferentes climas, gramados bons, outros não", disse Ferreira, que participará pela primeira vez de um embate da Libertadores. "Foi um dos desafios que me levaram a aceitar vir para o Corinthians. Temos que nos adaptar e dar uma boa resposta. Estou confiante em uma boa resposta."
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