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Casa Civil: "Argentinos tiveram entrada irregular no Brasil"

Em nota, Pasta falou sobre o episódio envolvendo a Anvisa e quatro atletas da Argentina que atuam na Inglaterra

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Imagem ilustrativa da notícia Casa Civil: "Argentinos tiveram entrada irregular no Brasil" camera Clássico entre Brasil e Argentina foi interrompido aos 5 minutos do 1º tempo, pelos agentes da Anvisa. | Lucas Figueiredo/CBF

A partida que não aconteceu entre Brasil e Argentina, segue dando o que falar por conta do motivo da interrupção do clássico, ainda aos 5 minutos do 1º tempo, quando agentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) entraram no gramado para impedir que quatro jogadores da seleção argentina disputassem a partida. São eles Emiliano Martínez, Buendía, Cristian Romero e Giovani Lo Celso. Com a tentativa dos agentes da Anvisa de entrar em campo, a seleção da Argentina deixou o gramado e a partida acabou sendo paralisada.

Nesta segunda-feira (6), a Casa Civil da Presidência da República divulgou nota para falar sobre a questão envolvendo quatro jogadores argentinos ocorrida neste domingo (5). Os atletas entraram de forma irregular no Brasil e iriam disputar uma partida contra a Seleção Brasileira válida pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo.

A Casa Civil informou que é ela quem analisa pedidos de entrada excepcional no país e apontou que, no caso em questão, a CBF enviou pedido de excepcionalidade antes da entrada dos jogadores brasileiros que atuam na Inglaterra.

De acordo com a Pasta, a confederação “se comprometeu a isolá-los na concentração da seleção, a reportar qualquer sintoma de Covid19 e a enviar todas as informações dos jogadores para controle do Ministério da Saúde”. “No caso dos jogadores argentinos, cabe esclarecer que não houve qualquer solicitação de excepcionalidade anterior ao voo de entrada dos jogadores no Brasil, impossibilitando qualquer tipo de atuação da Casa Civil”, disse a Pasta.

Também explicou que, “após a entrada irregular dos jogadores argentinos no Brasil, coube à Anvisa cumprir a norma estabelecida na Portaria 655, decisão que foi chancelada pelo Ministério da Saúde, que notificou a Conmebol sobre a impossibilidade de atuação dos jogadores na partida. Cabe esclarecer também que não compete à Casa Civil autorizar a entrada em campo de jogadores que já estejam no país e que não tenham cumprido as regras sanitárias brasileiras"

A agência chegou a pedir à Polícia Federal (PF) que expulsasse do Brasil os quatro atletas que teriam prestado informações falsas ao entrar no país. De acordo com o órgão, eles jogam em clubes ingleses, mas a entrada de pessoas do Reino Unido no país está proibida. Em nota, a agência disse que, “após reunião com as autoridades em saúde, confirmou-se, após consulta dos passaportes dos quatro jogadores envolvidos, que os atletas descumpriram regra para entrada de viajantes em solo brasileiro”.

“Os jogadores em questão declararam não ter passagem por nenhum dos 4 países com restrições nos últimos 14 dias. Os viajantes chegaram ao Brasil em voo de Caracas/Venezuela com destino a Guarulhos. Porém, notícias não oficiais chegaram à Anvisa dando conta de supostas declarações falsas prestadas por tais viajante”, continuou a Anvisa.

Leia a nota enviada pela Casa Civil:

A Casa Civil da Presidência da República esclarece que, de acordo com o artigo 10 da portaria 655, de 23 de junho de 2021, é de sua competência institucional a coordenação, junto à Anvisa, ao Ministério da Saúde e a outros órgãos, da análise de pedidos de entrada excepcional no país de pessoas oriundas do Reino Unido sem a devida quarentena prevista na Portaria. Após a análise, que é técnica, a Casa Civil comunica a decisão dos órgãos.

Exemplo desse tipo de atuação da Casa Civil é a coordenação da autorização excepcional de entrada no país concedida em maio e junho deste ano, a jogadores brasileiros oriundos do futebol inglês, na preparação para as eliminatórias da Copa do Mundo. Neste caso, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou pedido de excepcionalidade antes da entrada dos jogadores no país e se comprometeu a isolá-los na concentração da seleção, a reportar qualquer sintoma de Covid19 e a enviar todas as informações dos jogadores para controle do Ministério da Saúde.

No caso dos jogadores argentinos, cabe esclarecer que não houve qualquer solicitação de excepcionalidade anterior ao voo de entrada dos jogadores no Brasil, impossibilitando qualquer tipo de atuação da Casa Civil.

Após a entrada irregular dos jogadores argentinos no Brasil, coube à Anvisa cumprir a norma estabelecida na Portaria 655, decisão que foi chancelada pelo Ministério da Saúde, que notificou a Conmebol sobre a impossibilidade de atuação dos jogadores na partida.

Cabe esclarecer também que não compete à Casa Civil autorizar a entrada em campo de jogadores que já estejam no país e que não tenham cumprido as regras sanitárias brasileiras.

Atenciosamente

Ascom Casa Civil

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