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DERROTA NO JUDÔ

Maria Portela perde luta e imprensa critica a arbitragem

Derrota da brasileira nas quartas de final para a russa Madina Taimazova aconteceu após luta de quase 15 minutos. Judocas e jornalistas contestaram terceira punição recebida por Portela, que decidiu a luta em favor de Taimazova. Além disso, críticas também apontam que a brasileira teve um "wazari" não computado, o que teria lhe dado a vitória. Choro de Maria Portela comoveu a torcida.

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Imagem ilustrativa da notícia Maria Portela perde luta e imprensa critica a arbitragem camera Reprodução

Após quase 15 minutos de disputa, a judoca brasileira Maria Portela, 33, foi eliminada por cometer três advertências diante da russa Madina Taimazova, 22, no tatame do Nippon Budokan, nesta quarta-feira (28). Ela compete pela categoria até 70 quilos nas Olimpíadas de Tóquio-2020.

Após uma vitória tranquila na primeira rodada, a brasileira, 10ª colocada no ranking mundial, teve uma batalha complicada contra a russa, 14ª do mundo.

Após o empate sem pontos nos 4 minutos iniciais, a decisão foi para o tempo extra, o Golden Score, em que vence quem pontuar. Maria e Madina receberam duas advertências cada e, quem cometesse a terceira, seria eliminada.

Quando o relógio já passava de 10 minutos apenas de tempo extra, a brasileira levou a advertência decisiva e desabou em choro. Ainda no Golden Score, a brasileira chegou a derrubar a adversária, mas a arbitragem entendeu que ela não caiu com as costas no chão, e por isso não considerou como pontuação (que consagraria Maria Portela).

"Acredito que, como a luta estava muito longa, ela teve pouco mais de iniciativa no final. Eu percebia que ela estava mais desgastada, mas ainda assim colocando um golpe na minha frente, mesmo sem tanta efetividade", afirmou a brasileira. "Se as lutadoras não definem, o árbitro tem que definir. Não é culpa dele, eu quem deveria ter colocado mais ritmo, ter sido mais agressiva."

Se vencesse, a brasileira já estaria nas quartas de final e ficaria a uma vitória de buscar o ouro. Em caso de derrota na semifinal, ela poderia ir para a repescagem e brigar por um bronze.

A gaúcha voltará ao tatame na competição por equipes, no dia 31. "Estou muito triste por não seguir na competição, mas agradeço a Deus por ter me dado forças na classificação. A única coisa que espero agora é que posso contribuir por equipe.", disse a brasileira.

Em sua primeira luta, contra Nigara Shaheen, 28, da equipe olímpica dos refugiados e 186 do ranking mundial, Maria precisou de apenas 28 segundos para aplicar um ippon.

Essa, aliás, foi a segunda luta relâmpago do dia, no Nippon Budoka. Antes de Maria, foi o brasileiro Rafael Macedo, 26, quem sofreu um ippon, aos 31 segundos de luta, de Islam Bozbayev, 30, do Cazaquistão.

Pouco antes do confronto entre Maria e Madina, Barbara Timo, brasileira naturalizada portuguesa, não resistiu ao ippon da croata Barbara Matic e foi eliminada.

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