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Em 2026, Brasil pode ter a mesma base que jogou no Catar

Além dos atletas que aturam neste mundial, outros nomes que estão surgindo podem estar na Copa do Mundo de 2026

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Imagem ilustrativa da notícia Em 2026, Brasil pode ter a mesma base que jogou no Catar camera Tirando Neymar, com futuro incerto na seleção, todos os jogadores da foto devem estar na copa de 2026 | Lucas Figueiredo/CBF

Com a saída do técnico Tite após a eliminação pela Croácia nas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar, o novo treinador deve ser anunciado em janeiro pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. E os trabalhos do comandante já começam em fevereiro, com a convocação para a primeira data Fifa do ano, entre 20 e 28 de março.

A tendência é que, independentemente de quem assuma o cargo, a base da seleção brasileira seja formada por jogadores que disputaram o torneio no Qatar.

Como será início de um novo ciclo até a Copa do Mundo de 2026, a ser realizada de forma compartilhada nos Estados Unidos, Canadá e México, o treinador deverá seguir a linha de trabalho de Tite até que consiga convocar novos jogadores e, então, impor seu estilo de jogo.

O certo é que os atletas mais velhos do grupo, casos de Daniel Alves (39), Thiago Silva (38), Weverton (34) e Everton Ribeiro (33), não deverão ter chances de disputar mais um Mundial –não devem ser chamados.

No gol, Alisson, de 30 anos, deve continuar como titular, com Ederson (31) como sombra. A questão vai ser encontrar outros nomes para a posição que tenham nível para ir à Copa. Os outros sete goleiros convocados por Tite nos últimos seis anos são mais velhos que o camisa 1 no Qatar: Neto (Bournemouth-ING), de 33 anos; Santos (Flamengo), 32; Alex Muralha (Coritiba), 33; Cássio (Corinthians), 35; Diego Alves (Flamengo), 37; Marcelo Grohe (All Ittihad-ARS), 35; e Danilo Fernandes (Bahia), 34.

Se nenhum novo nome surgir nos próximos anos, as chances de entrar na lista recaem sobre João Paulo (27), do Santos, e Hugo (23), do Flamengo; além dos campeões olímpicos que ficaram na reserva de Santos em Tóquio-2020: Brenno (23), do Grêmio; e Lucão (21) do Vasco.

No entanto, a maior dor de cabeça para o novo comandante brasileiro será nas duas laterais, a posição mais carente da seleção. No Qatar, as lesões de Danilo (31), Alex Sandro (31) e Alex Telles (29) foram indícios do que pode acontecer em 2026.

Os três laterais também estão na faixa dos 30 anos e até teriam condições de atuar no próximo Mundial, mas outros nomes certamente entrarão na disputa, como Guilherme Arana (25) e Renan Lodi (24), na esquerda, e Emerson Royal (23), na direita, que já foram convocados por Tite. Arana, por sinal, só não foi para o Qatar porque se lesionou pouco antes da convocação.

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Além deles, o palmeirense Gabriel Menino (22), que pode ser lateral ou volante, e Emerson Palmieri (28), lateral esquerdo do West Ham-ING, são nomes a serem observados.

Na zaga, com a saída de Thiago Silva, em tese Marquinhos e Eder Militão devem formar a dupla titular, com outros nomes já conhecidos correndo por fora, como Bremer, que foi reserva no Qatar, Gabriel Magalhães (Arsenal-ING), Diego Carlos (Aston Villa-ING), Rodrigo Caio (Flamengo) e Nino (Fluminense), campeão olímpico em Tóquio-2020.

No meio de campo, Casemiro terá 34 anos no próximo Mundial e, se sua forma física possibilitar, ainda pode comandar a cabeça de área. Outros nomes que têm grandes chances são Bruno Guimarães e Lucas Paquetá, ambos atualmente com 25 anos. Já Fred e Fabinho, que terão 33, encontrarão forte concorrência dos mais jovens, como Danilo, do Palmeiras, e João Gomes, do Flamengo, ambos de 21 anos.

Numa função de armação das jogadas, alguns nomes têm grande chance de voltar a ser chamados. Aí terão de convencer a comissão técnica de que podem fazer a diferença. Preterido por Tite este ano, o palmeirense Raphael Veiga (27) é um desses nomes, assim como Gustavo Scarpa (28), um dos destaques do Brasileirão 2022.

Os outros são Claudinho (25), do Zenit-RUS; Reinier (20), do Girona-ITA, Douglas Luiz (24), do Aston Villa-ING, e Andreas Pereira (26), do Fulham-ING.

Como neste ano, o novo comandante terá opções para escolher os atacantes. Neymar, por exemplo, terá 34 anos em 2026, mas ainda não se decidiu se continuará vestindo a camisa amarela. Em caso positivo, e se estiver em boas condições físicas, ele certamente será chamado.

Todos os outros jogadores de frente que foram ao Qatar possuem condições de estar novamente nos EUA, Canadá e México. Porém, vários outros nomes devem aparecer pelo caminho, colocando as vagas em disputa ferrenha.

Apesar de muito jovem, um atacante já tem chamado atenção do futebol mundial e pode ser até titular em 2026 é o palmeirense Endrick, de apenas 16 anos. Nesta temporada, ele se tornou o único jogador da história do Palmeiras a ser campeão em todas as categorias do clube, inclusive do time principal, com o Brasileirão. E ainda foi eleito a revelação do campeonato.

Seu futuro será definido nas próximas semanas, mas é praticamente certo que ele fará companhia a Vinicius Junior e Rodrygo no Real Madrid a partir de 2024, quando completar 18 anos. Esse, inclusive, pode ser o trio de ataque do Brasil no Mundial.

Mas não é só Endrick que está despontando. Alguns outros jovens, como Vitor Roque (17), do Athletico-PR; Ângelo (17) e Marcos Leonardo (17), do Santos; e Yuri Alberto (21), do Corinthians, estão em crescimento constante e certamente serão observados mais de perto.

Além deles, há também os outros jogadores que já tiveram passagem pela seleção, como o campeão olímpico Matheus Cunha (23), do Atlético de Madrid-ESP, Gabigol (26), do Flamengo, David Neres (25), do Benfica-POR, e Paulinho (22), do Bayer Leverkusen-ALE.

Como é possível observar, quem quer se seja o novo treinador, brasileiro ou estrangeiro, a tarefa de encontrar a seleção ideal não será fácil. Seja por falta de opções, como no gol e nas laterais, ou por excesso, como no ataque.

De qualquer forma, como sempre, o Brasil chegará ao próximo mundial como favorito. Se vai conseguir conquistar o tão sonhado hexacampeonato, só o tempo dirá. Mas otimismo e confiança nunca faltarão.

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