O sonho antecipado e a dura rotina de treinos de Andreza Lima

Elegância, charme, harmonia e leveza: adjetivos que fazem parte da ginástica artística, modalidade que estará em alta nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, com grandes chances do Brasil conquistar medalhas. O melhor de tudo é que essa possibilidade de brilhar na França terá toque paraense na Seleção Brasileira.

Com apenas 16 anos de idade, a atleta Andreza Lima será o Pará nas Olimpíadas, maior evento esportivo do planeta que começa nesta sexta-feira (26), com a cerimônia de abertura. Para chegar a este momento, um longo caminho foi percorrido pela ginasta.

Já em solo francês para os Jogos Olímpicos, a ginasta paraense Andreza Lima concedeu uma entrevista exclusiva ao DOL sobre a rotina de treinos e falando sobre a sua história na ginástica - desde os primeiros passos até chegar à Seleção Brasileira da modalidade. A atleta está na capital francesa desde o dia 17 deste mês.

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“Comecei a ginastica com 8 anos em Belém, e em 2018 fui pro Grêmio Náutico União. Desde lá venho evoluindo e seguindo com os treinos”, afirma. Andreza aponta que o apoio da família foi importante para chegar a defender o país nas Olimpíadas, momento este que é um sonho para muitos atletas. “Tive o apoio de toda a minha família desde o início dessa jornada. Me sinto muito feliz por estar nos Jogos como reserva e vivenciando essa experiência”.

A atleta tem o convívio diário de candidatas a medalha de ouro, como por exemplo, Rebeca Andrade e Flávia Saraiva. Para ela, o momento é de aprendizado já visando o próximo ciclo olímpico. “É muito bom treinar ao lado das meninas. Elas são mais experientes e com isso consigo aprender muito e melhorar”, aponta.

Por fim, a atleta deixa um recado para os paraenses sobre sonhos e claro, torcida para ela e para a ginástica brasileira, em Paris. “O recado que deixo é para que nunca desistam. Sigam lutando, querendo aprender e aperfeiçoar muito mais”, finaliza.

Eliseu tem a companhia da treinadora Adriana Alves. A dupla é responsável pelos treinamentos de Andreza, que estava sendo preparada para a próxima Olimpíada, em 2028, nos EUA, porém a convocação da atleta foi uma grande vitória.

“Felizes com a convocação dela (Andreza). O planejamento meu e da Adriana (treinadora) não era para agora e, sim, para 2028, em Los Angeles, mas no último ano vimos que daria para buscar uma vaga, inclusive de titular. Claro, isso não impede dela aproveitar o momento, buscar experiência e treinar com a equipe. Tem que estar pronta o tempo todo para competir nos quatro aparelhos. Qualquer problema, ela tem que estar pronta na parte física, técnica e psicológica”, destaca.

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O treinador completa ainda que várias meninas são observadas e podem ser aproveitadas não somente no Grêmio Náutico União, mas em outros grandes centros do país.

“Quando detectam alguma menina que possa buscar algo mais, os treinadores mandam para centros maiores. Aqui no Grêmio Náutico temos uma estrutura que dá apoio para viagens, equipe multidisciplinar, condições ideais para treinos e nisso vem atletas do RJ, MG, SP e também do Pará”, finaliza.

Equipe Dol Especiais:

• Reportagem: Diego Beckman
• Coordenação e Edição: Anderson Araújo