Um crime descrito pelas autoridades como brutal e macabro colocou fim à vida de um dos nomes mais influentes do cinema norte-americano e de sua companheira de décadas. O choque não veio apenas pela violência, mas por quem é apontado como o principal suspeito.
A Promotoria do Condado de Los Angeles anunciou que Nick Reiner, filho do diretor Rob Reiner, será formalmente acusado pelo assassinato do pai e da mãe, a fotógrafa Michele Singer Reiner, de 68 anos. Ele responderá por dois crimes de homicídio qualificado, com a agravante do uso de uma arma considerada “perigosa e mortal”, uma faca.
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Durante coletiva de imprensa, o promotor Nathan Hochman afirmou que, caso seja condenado por todas as acusações, Nick pode enfrentar prisão perpétua sem direito à condicional ou até a pena de morte. Segundo ele, a decisão sobre solicitar a pena capital ainda não foi tomada e seguirá os trâmites legais, incluindo a consideração dos desejos da família, procedimento padrão nesse tipo de caso.
Nick Reiner foi preso sem oferecer resistência, de acordo com o subchefe de polícia Alan Hamilton. Ele foi localizado em um espaço público nas proximidades do campus da Universidade do Sul da Califórnia. As autoridades não informaram se familiares colaboraram com informações que levaram à prisão.
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A polícia mantém sigilo sobre detalhes da cena do crime para não comprometer as investigações. O chefe do Departamento de Polícia de Los Angeles, Jim McDonnell, confirmou apenas que Rob e Michele foram encontrados mortos no quarto do casal, informação também divulgada pelo jornal Los Angeles Times.
Os corpos foram localizados na tarde de domingo, após um chamado ao Corpo de Bombeiros por volta das 15h30. Posteriormente, o LAPD confirmou que o caso passou a ser tratado pela divisão de homicídios como um “aparente homicídio”. Segundo o chefe de detetives Alan Hamilton, as vítimas apresentavam ferimentos compatíveis com ataques de faca. Um membro da família chegou a ser interrogado, mas as autoridades afirmam que as investigações ainda estão em andamento.
Em nota oficial, a família confirmou as mortes e pediu privacidade. “É com profunda tristeza que anunciamos o falecimento trágico de Michele e Rob Reiner. Estamos devastados por esta perda repentina e pedimos respeito neste momento incrivelmente difícil”, diz o comunicado.
Rob Reiner deixa um legado incontornável no cinema. Após iniciar a carreira como ator, consolidou-se como diretor de clássicos como “Conta Comigo” (1986), “A Princesa Prometida” (1987) e “Harry e Sally – Feitos Um Para o Outro” (1989), filmes que se tornaram referência nas décadas de 1980 e 1990. Sua produtora, a Castle Rock Entertainment, foi responsável por sucessos como Seinfeld e Um Sonho de Liberdade.
Além do cinema, Reiner teve atuação marcante na política, sendo um dos ativistas democratas mais influentes de Hollywood. Defendeu causas progressistas, apoiou campanhas políticas e integrou iniciativas jurídicas em defesa do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Também ficou conhecido por críticas contundentes ao ex-presidente Donald Trump.
Rob conheceu Michele Singer no set de “Harry e Sally”, onde ela trabalhava como fotógrafa. O casal se casou em 1989 e teve três filhos: Nick, Jake e Romy. Ele também era pai adotivo da atriz Tracy Reiner, filha de seu primeiro casamento com Penny Marshall, falecida em 2018. Seu último filme, Spinal Tap II: O Fim Continua, foi lançado em 2025.
A morte do casal provocou uma onda de comoção. Amigos e personalidades como Elijah Wood, Joe Russo, Barack Obama e Nancy Pelosi prestaram homenagens. “Rob era criativo, engraçado e profundamente amado. Em tudo o que fazia, Michele era sua parceira indispensável”, destacou Pelosi.
Enquanto Hollywood lamenta a perda de um de seus grandes nomes, o caso segue sob investigação.
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