A influenciadora Virgínia Fonseca, uma das maiores personalidades digitais do Brasil, enfrenta um novo desdobramento na polêmica envolvendo sua marca de cosméticos, WePink. Conhecida por suas transmissões ao vivo que costumam gerar milhões em vendas, a empresária está temporariamente proibida pela Justiça de Goiás de realizar lives até comprovar que possui estoque suficiente de produtos.
Desde que a decisão judicial foi divulgada, a WePink teria registrado um “salto abrupto de cancelamentos” de pedidos, segundo informações apresentadas pela defesa da influenciadora. Os advogados alegam que a repercussão da liminar gerou uma “histeria generalizada” entre os consumidores.
De acordo com o pedido apresentado à 7ª Câmara Cível de Goiânia, a empresa registrou 6.102 cancelamentos entre 10 e 21 de outubro, número que representa 68,86% do total de pedidos feitos em todo o mês de agosto. A defesa ainda destacou que, mantido o mesmo ritmo, o mês de outubro poderia chegar a mais de 17 mil cancelamentos, quase o dobro das vendas registradas dois meses antes.
Apesar do argumento, o juiz F. A. de Aragão Fernandes negou o recurso e manteve a proibição das lives. Na decisão, publicada em 30 de outubro, o magistrado destacou que o volume de reclamações contra a marca é significativo. Segundo dados apresentados no processo, foram 32.446 reclamações nos últimos seis meses, o que representa uma média de 180 por dia.
“Esse número de consumidores lesados, em apenas seis meses, não pode ser considerado desprezível. Ao contrário, confere densidade às alegações de práticas abusivas e desrespeito às normas do Código de Defesa do Consumidor”, afirmou o juiz em sua decisão.
A proibição das lives foi determinada em 13 de outubro, após um pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO), que alegou irregularidades nas vendas da WePink. O órgão informou ter recebido mais de 120 mil reclamações em menos de dois anos relacionadas à empresa.
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A WePink tentou reverter a decisão, afirmando que os dados apresentados pelo MP estavam desatualizados e que a marca possuía autorização do Ministério da Fazenda para realizar transmissões nos dias 18 e 19 de outubro. Mesmo assim, a juíza Tatianne Marcella Mendes Rosa Borges Mustafa manteve a proibição.
Com a continuidade da restrição e a queda acentuada nas vendas, Virgínia e sua equipe buscam reverter a situação judicialmente, enquanto a marca enfrenta uma das maiores crises desde sua criação.
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