Marquinho PQD, ícone do samba, morre aos 66 anos no Rio

O cantor e compositor Marcos de Souza Nunes, conhecido no mundo do samba como Marquinho PQD, morreu na manhã desta segunda-feira (29), no Rio de Janeiro, aos 66 anos de idade. A informação foi confirmada nas redes sociais do artista. Ele estava internado há alguns dias, mas a causa da morte não foi divulgada.

“Mestre Marquinho nos deixa um legado de vida, samba e muito axé, que permanecerá para sempre em nossos corações e na cultura popular”, diz trecho do comunicado publicado nas redes sociais.

Nascido e criado em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Marquinho PQD completou 40 anos de carreira em 2023. O nome artístico dele remete à antiga profissão: ele foi paraquedista do Exército antes de se dedicar integralmente à música.

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A carreira no samba teve início em 1983, quando o grupo Fundo de Quintal gravou a música “Fase de Amor”, composta em parceria com Chiquinho e Fernando Piolho. No ano seguinte, ele ganhou projeção nacional quando Beth Carvalho incluiu a canção “Coração Feliz”, feita com Adilson Bispo e Gerson do Vale, no álbum homônimo da cantora.

Desde então, Marquinho PQD se tornou um dos nomes mais respeitados da composição no samba, com mais de 400 músicas registradas. Dessas, cerca de 100 foram feitas em parceria com Arlindo Cruz, que morreu em agosto de 2025. Juntos, eles escreveram clássicos como “Pedras no Caminho”, “Silêncio no Olhar” e “Quem Sabe de Mim Sou Eu”, todas em colaboração com Sombrinha. Entre outras parcerias com Arlindo estão “Só no Sapatinho”, “A Sete Chaves” (com Franco), “Tanto Amor Pra Dar” e “Volta de Vez Pra Mim”, ambas com Délcio Luiz.

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As composições de Marquinho PQD foram interpretadas por grandes nomes do samba e do pagode, incluindo Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Beth Carvalho, Fundo de Quintal, Jovelina Pérola Negra, Roberto Ribeiro, Almir Guineto, Agepê, Reinaldo, Alcione, Exaltasamba, Grupo Molejo, Pixote, entre outros.

No carnaval carioca, o artista também teve participação marcante. Marquinho assinou sambas-enredo da escola Mocidade Independente de Padre Miguel nos desfiles de 1995 e 2000. Até o momento, não há informações sobre o velório e o sepultamento do corpo do compositor.