
Acusações sem provas podem virar um labirinto judicial difícil de contornar e, no caso de Jojo Todynho, a trilha já se mostra cheia de reviravoltas. A cantora de 28 anos protagoniza uma disputa com o Partido dos Trabalhadores (PT) que começou com uma frase em um podcast e agora se desenrola nos tribunais. A primeira audiência, realizada por videoconferência, não trouxe o desfecho esperado e manteve a tensão entre as partes.
A origem do impasse remonta a uma entrevista concedida ao podcast Conversa Paralela, do grupo Brasil Paralelo. Na ocasião, Jojo afirmou que teria recebido uma proposta de R$ 1,5 milhão para apoiar a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2022. Segundo a artista, o convite teria sido feito por telefone “para não deixar rastro” e depois reforçado em um almoço. Apesar do tom convincente, a cantora não apresentou qualquer prova.
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Diante da repercussão, a fala alcançou mais de três milhões de visualizações apenas no Instagram do programa, o PT decidiu reagir. O partido ingressou com uma queixa-crime no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, alegando que a acusação representa um “infundado ataque” à reputação da sigla. Para os advogados do partido, Jojo vinculou o nome da legenda a uma conduta “socialmente reprovável” e difamatória.
Na primeira audiência, ocorrida na segunda-feira (15), a Justiça autorizou que as partes participassem por videoconferência. Representantes do PT chegaram a propor um acordo para que Jojo fizesse uma retratação pública, reconhecendo que não tinha provas para sustentar a afirmação. A cantora, no entanto, se manteve irredutível e alegou que sua conduta não foi “típica”, recusando-se a pedir desculpas.
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Jojo Todynho ainda apresentou uma contraproposta na tentativa de encerrar a disputa, mas os termos não foram revelados em detalhes. De acordo com a ata da audiência, compartilhada pelo Tribunal de Justiça do Rio, a negociação não avançou e terminou sem consenso entre as partes. O Ministério Público do Rio solicitou abertura de vista para se manifestar antes da decisão judicial.
Com o impasse, o processo segue seu curso. Caso a Justiça aceite a denúncia, Jojo terá de apresentar uma defesa formal, abrindo caminho para que o caso evolua para instrução criminal. O PT pede a condenação máxima prevista para o crime de difamação, argumentando que, mesmo sendo pessoa jurídica, o partido tem “honra objetiva” e precisa proteger sua reputação.
O PT também reforça que as contas da campanha de 2022 foram aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sem qualquer menção a irregularidades financeiras do tipo. Para os advogados, a narrativa apresentada por Jojo não encontra respaldo em fatos ou documentos, e qualquer movimentação de dinheiro desse porte seria facilmente identificada pelos órgãos de controle.
Até o momento, a equipe de Jojo Todynho não se manifestou oficialmente sobre o caso. A reportagem também tenta contato com a assessoria do PT para obter mais detalhes sobre as expectativas do partido em relação ao desfecho da ação. Enquanto isso, a disputa entre a cantora e a legenda política segue no centro das atenções.
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