
"Siga em frente, olhe para o lado". Se você já tem mais de 35 anos, provavelmente reconhece a letra de "Vem Dançar o Mestiço", de Leandro Leahrt. Entretanto, nos últimos anos, a música se tornou um hino de outro fenômeno da internet: a Carreta Furacão.
Com fantasias icônicas - justamente pela qualidade duvidosa, o grupo se tornou uma febre nas redes sociais ao mostrar as grandes habilidades na dança de personagens como Capitão América, Fofão, Homem-Aranha, Super Mario e outros. Nos moldes do Trenzinho da Alegria, o grupo virou um sinônimo de felicidade e animação.
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Briga com o CPM 22
Mas nem tudo são flores, aparentemente. O Carreta Furacão divulgou nota oficial nesta segunda-feira (4) repudiando a postura da banda CPM 22 durante evento fechado em Mairiporã (SP), realizado no último sábado (2).
Segundo o coletivo, a própria passagem de som da banda que se apresentaria em sequência interrompeu sua apresentação, afetando o público e prejudicando o espetáculo. Eles afirmam que o volume do som foi reduzido propositalmente em diversos momentos, gerando insatisfação e desgaste para o público presente.
Na nota, o grupo destacou que a atitude da banda é inadmissível, especialmente em um ambiente que deveria promover união entre artistas e respeito mútuo. A Carreta Furacão ressalta que construiu sua trajetória com carinho e admiração do público e que sabotagem de performance não condiz com profissionalismo.
Ainda se desculparam com os fãs que esperavam uma apresentação completa e prometeram seguir levando arte, dança e carisma com humildade e respeito. Até o momento, o CPM 22 não se manifestou sobre o ocorrido.
O que é a Carreta Furacão
A Carreta Furacão é um grupo de animação criador do fenômeno popular também chamado de "trenzinho da alegria". Fundado pelo casal Wellington e Fabiana Cardoni em 2007, em Ribeirão Preto (SP), o grupo passa pelas ruas tocando música alta enquanto dançarinos fantasiados de personagens como Fofão, Capitão América, Mickey, Popeye e até Chaves executam acrobacias, coreografias e interações com o público.
Cada "carreta" transporta até 150 pessoas e o espetáculo, captado em vídeos amadores desde 2010, rapidamente viralizou, inspirando dezenas de imitações em todo o Brasil.
Mais do que entretenimento, a Carreta Furacão tornou-se parte da cultura pop brasileira, ganhando destaque até em veículos internacionais como o The New York Times e rendendo games, documentário e participações na mídia tradicional. Apesar das controvérsias — como disputas judiciais sobre o personagem Fonfon (uma paródia do Fofão) e denúncias por perturbação do sossego —, o grupo segue operando sob a gestão da Dominium, empresa que mantém cinco unidades itinerantes com equipes independentes. Sua estética irreverente e carismática já transformou simples trenzinhos de rua em um ícone viral e duradouro da irreverência nacional.
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