
Durante uma viagem ao Rio de Janeiro com a família, o atleta de crossfit Kaique Cerveny, noivo da ex-BBB e cantora Juliette, enfrentou um susto com a saúde. Após alguns dias entre treinos intensos e episódios de desconforto, ele começou a apresentar sintomas como dor abdominal forte, cansaço extremo e icterícia (olhos amarelados).
Levado ao hospital, exames apontaram alterações nas enzimas do fígado dele. Dias depois, os médicos confirmaram o diagnóstico de hepatite A, uma infecção viral causada, principalmente, pela ingestão de água ou alimentos contaminados.
"Suspeitávamos de dengue, mas os exames mostraram algo diferente. Fiquei internado e, depois de vários testes, veio a confirmação", contou Kaique para um portal de notícias. Com o diagnóstico, o atleta precisou suspender treinos e competições.
Diante da situação, ele aproveitou para fazer um alerta sobre a importância da vacinação contra a doença. "Pegou uma vez, não pega mais. Você cria os anticorpos necessários para não pegar de novo. Depois que você pega, suas enzimas do fígado voltam ao normal. Temos que tomar vacina, eu não tomei na época", disse.
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O que é hepatite A?
De acordo com o Ministério da Saúde, hepatite A é uma infecção causada pelo vírus HAV, que resulta na inflamação no fígado. A transmissão da doença ocorre, principalmente, por meio de alimentos e água contaminados, mas também pode se dar por contato direto com pessoas infectadas ou por via sexual. O período de incubação pode variar de 10 a 50 dias, e muitos casos são assintomáticos.
Segundo o patologista clínico Helio Magarinos Torres Filho, o vírus não é transmitido por suor, urina ou beijo. "Muito provavelmente a transmissão ocorreu por conta da ingestão de algum alimento contaminado", comentou o patologista sobre o caso de Kaique Cerveny.
Quando há sintomas da infecção, os mais comuns incluem febre, náuseas, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura (como “Coca-Cola”), fezes claras e falta de apetite.
Diferença para outros tipos de hepatite
Enquanto a hepatite A tem cura espontânea na maioria dos casos e possui vacina disponível, a hepatite B, classificada como Infecção Sexualmente Transmissível (IST), também é prevenível por vacina, mas exige mais atenção.
Já a hepatite C é transmitida principalmente por contato com objetos perfurocortantes contaminados e falhas de esterilização, não tem vacina. Contudo, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento com antivirais por até 24 semanas.
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Quem deve se vacinar contra hepatite A?
A vacina contra a hepatite A está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças a partir dos 12 meses até 4 anos, 11 meses e 29 dias. Além disso, ela também é ofertada para grupos prioritários como:
- Pessoas com hepatopatias crônicas (incluindo HBV e HCV);
- Portadores crônicos do vírus B;
- Pacientes com coagulopatias, fibrose cística, trissomias e doenças de depósito;
- Pessoas vivendo com HIV ou em imunossupressão;
- Transplantados e candidatos a transplante;
- Doadores de órgãos ou células-tronco hematopoiéticas;
- Pacientes com hemoglobinopatias e asplenia.
Recentemente, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação para pessoas que utilizam a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV), após observar aumento nos casos entre adultos. Segundo o ministro Alexandre Padilha, “a partir do momento em que garantimos no SUS, em 2014, a ampla vacinação do público infantil, que era o público com maior risco de ter hepatite A, a doença passou a ter uma concentração no público adulto”.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico da hepatite A é feito por exame de sangue. Não há um tratamento específico para combater o vírus, o foco é o repouso e o alívio dos sintomas, sempre com orientação médica.
Além disso, o Ministério da Saúde alerta para os riscos da automedicação, já que certos remédios podem agravar a inflamação hepática. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a hospitalização só é indicada nos casos de insuficiência hepática aguda.
Prevenção além da vacina
Além da imunização, a prevenção da hepatite A também depende de hábitos de higiene, como:
- Lavar bem as mãos antes das refeições e após usar o banheiro;
- Consumir apenas alimentos bem cozidos;
- Garantir o acesso a água tratada e saneamento básico.
- Essas medidas continuam essenciais, especialmente em regiões com menor cobertura vacinal.
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