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ABANDONO

"Ele não quer ser meu pai", diz filho de Cid Moreira

Depois da polêmica em torno do filho adotivo do icônico apresentador de telejornal, o filho biológico, Rodrigo Radenzev Simões Moreira, também traz à tona fortes revelações sobre a relação com o jornalista, hoje com 93 anos de idade.

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Imagem ilustrativa da notícia "Ele não quer ser meu pai", diz filho de Cid Moreira camera Reprodução/Record TV

As polêmicas envolvendo a família do jornalista Cid Moreira, de 93 anos, seguem dando o que falar. Após o filho adotivo do comunicador, Roger Felipe Moreira, dizer que foi deserdado pelo pai, agora foi a vez do filho biológico Rodrigo Radenzev Simôes Moreira fazer revelações sobre a relação com Cid.

Durante uma entrevista exibida nesta quinta-feira (15), o herdeiro relatou que já chegou a processar o pai em R$ 1 milhão por abandono afetivo. Ele perdeu a ação e desistiu de ser amado de ter uma relação familiar com Cid Moreira.

"Entrei com processo de abandono de paternidade, o dinheiro foi consequência do afeto. Como ele vai me dar amor, como ele vai pagar amor? Não tem preço. Ele não quer seu meu pai. Eu perdi o processo e deixei quieto, não quis mais mexer nessa ferida", relatou o filho, que entrou com a ação em 2006.

Rodrigo é fruto do casamento do jornalista com Olga Verônica Radenzev Simões, com quem Cid se relacionou no início da década de 70.

"Minha mãe me contou, eu não me recordo, que eu estava aprendendo a andar e derrubei objetos no chão ao puxar uma toalha de mesa. Ela me disse que ele me bateu. Ela não suportou isso, é um detalhe que poucas pessoas sabem", falou o herdeiro.

Ainda de acordo com Rodrigo, o pai teria pago a pensão corretamente até ele completar 18 anos, mas nunca foi carinhoso com o filho.

A reaproximação ocorreu anos depois, durante o velório da irmã de Cid. Na ocasião, os dois teriam conversado, mas o desfecho não ocorreu como o esperado.

"Com a morte da minha tia, nós nos encontramos, e eu criei uma expectativa de poder conviver. Ele até aceitou a princípio, me convidou pra ir pro Rio de Janeiro. Mas cheguei e estava ele acompanhado de dois advogados. Falei que tinha ido como filho, não como inimigo. Aí ele deu uma desarmada, a gente ficou um tempo conversando e depois foi todo mundo almoçar. Terminou o almoço, cada um foi pro seu carro, e eu fiquei lá. Depois desse dia, a gente marcou uma partida de tênis, mas o advogado dele me ligou falando que não teria aproximação e me mandando voltar pra São Paulo", contou Rodrigo.

Após o episódio, o jovem decidiu entrar com a ação na Justiça contra o pai, mas acabou sendo derrotado.

"Esse assunto me machuca demais, é parte da minha vida que eu gostaria de enterrar, mas não tem como. Sequelas ficaram disso e vão ficar pra sempre, eu amenizo e tento esquecer. Mas relembrando tudo isso eu não me sinto bem. Me machuca, não entendo que raiva ele tem de mim. Nunca fiz nada pra ele", lamentou Rodrigo.

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