A artista visual Carol Abreu apresenta, nesta terça-feira, mais um desdobramento da sua pesquisa poética “Studio Som Jolie”, uma reflexão sobre vida, memória afetiva e música, que parte de uma investigação e experimentação de áudios gravados na década de 1980 pelo pai dela, Aldemário Abreu. Em formato interativo, com novos vídeos, áudios e fotografias, as experimentações realizadas por ela chegam ao público no formato de exposição interativa, a primeira individual de Carol. A abertura ocorre às 17h, em uma galeria na avenida Presidente Vargas, com transmissão pelo YouTube.
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“Durante o processo de pesquisa e experimentação que eu tive na Fotoativa, construí, por meio dos arquivos deixados pelo meu pai no estúdio dele, dois vídeos, o ‘Lado A’ e o ‘Lado B’, como uma experimentação. Esse novo processo [da exposição] é muito mais intenso e profundo, porque é a ocupação de um espaço grande, como se eu estivesse levando o Studio Som Jolie pra dentro do cubo branco, pra galeria, no centro da cidade, para levar ao público esse meu espaço de memórias”, comenta Carol.
As gravações domésticas deixadas por Aldemário para a posteridade foram encontradas pela filha em fitas K7, no espaço da casa onde ele mantinha tanto o equipamento de gravação como seus vinis e toca-discos, fotografias e outras memórias. “Com a bolsa inicial eu edito os áudios do meu pai e trabalho algumas imagens. Nesse momento [da exposição] tem um vídeo assim, mas também um produzido por mim. Eu entro na exposição com algumas fotografias, uma proposta de uma pequena obra interativa, onde as pessoas deixam suas mensagens, assim como meu pai dizia nas dele: ‘essa aqui é uma mensagem para a posteridade’”, adianta.
As fotografias de arquivo de Aldemário também se unem com fotos feitas por Carol após a perda do pai. “Agora eu digo que é um trabalho interativo entre eu e ele. Antes eu usava só o material dele e editava; agora passo a ser criadora, sigo na experimentação, trabalhando com fragmentos, muito áudio, pesquisa de imagens, recortes, edições de áudio e vídeo. E tem uma instalação que é um recorte do estúdio, quando levo uma parte dos vinis do meu pai pra deixar lá para as pessoas ouvirem música, a vitrola dele tá lá. É uma exposição sobre música, memória afetiva, uma poética que crio em torno dessa minha pesquisa”, descreve.
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