Ilustradora paraense expõe desenhos cheios de humor

As andanças da artista paraense Helô Rodrigues, de 24 anos, por Belém despertam nela muita criatividade. Por onde passa, objetos e construções podem se transformar, no seu imaginário, em situações e coisas inusitadas e um tanto divertidas a partir do desenho.

Já conhecida no Instagram, com o perfil @heloilustra, ela colocou tudo no papel e agora apresenta a primeira exposição da carreira: “Admirável e Fantástico Mundo Pai D’égua”, uma releitura de Belém em uma realidade paralela. A mostra inaugura nesta quinta-feira e segue por um mês na galeria Azimute, do Vila Container.

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Belém fantástica e mundos paralelos são temas de exposição

“Tudo surgiu das minhas ideias bem mirabolantes. Sempre tive vontade de ilustrar o Pará com outros olhos. Eu andava por Belém e via coisas fantásticas acontecendo e tinha vontade de ilustrar. Por exemplo, como seria se a caixa d’água da Cosanpa fosse um disco voador? Se existissem gigantes em Belém? E acabava pensando isso e anotando tudo. Depois de um tempo comecei a desenhar. Aí veio a ideia do fantástico, do admirável, porque a cultura do Pará é assim”, detalha Helô.

Com as ilustrações regionais, a artista busca levar a mensagem da representatividade das pessoas da região. “Quero mostrar que dá para brincar com o nosso cotidiano, com nossas vivências, pontos turísticos, que dá para ver isso com outros olhos”, comenta Helô.

Segundo ela, o processo criativo começa de forma aleatória, sobretudo durante as viagens dela dentro do ônibus, ao se deslocar da Cidade Velha para os bairros do Marco e Pedreira, por exemplo. “É onde fico observando tudo ao meu redor e ali mesmo faço um rascunho e começo a criar os elementos, as cores, um balão de fala e as narrativas. Inclusive, nessa exposição as obras falam muito umas com as outras”.

Essa é a primeira exposição de Helô, que já compartilha seu trabalho nas redes sociais com mais de 22 mil seguidores e fez parcerias com diversas marcas. Para ela, significa a realização de um sonho. “Estou muito feliz. E nesses tempos difíceis, a gente tem de combater com a arte e levar a arte para as pessoas e colorir o mundo. Imagino que eu esteja colorindo, de certa forma, começando pela minha cidade onde gosto muito de retratar”, afirma.