Aforma como você observa o mundo e as situações do cotidiano fazem toda a diferença no seu dia a dia, e é possível encontrar cor e beleza em cada fase da vida, basta olhá-la de forma positiva. Isso é o que a autora paulistana Diana Barros quer mostrar com o livro “A Vista de Vários Pontos”, produzido a partir de experiências pessoais e compartilhando aprendizados práticos que a ajudaram a não desistir de viver.
Diana, que desde a infância teve que lidar com pensamentos suicidas, sem nunca aceitá-los, procurou ajuda por volta dos 29 e começou uma jornada de autoconhecimento. “Fui colocando conselhos em prática e, com isso, superando esses pensamentos. Primeiro fiz uma tabelinha para avaliar a gravidade do meu caso, eu mesma a criei, mas já ouvi dizer que é uma técnica mesmo. Eu classificava os pensamentos, planos e tentativas de 1 a 3, respectivamente. Percebi que, quanto mais pensava, mais planejava e chegava a tentar. Se eu pensava muitas vezes, logo avançava para os demais números”, descreve a autora.
Ajuda espiritual, intelectual, terapia, coaching, seminários, ela conta que foi uma verdadeira chuva de informações que deram certo em seu caso e a fizeram melhorar. A publicação é chamada pela autora como um “livro sobre o amor à vida” e seu objetivo com ele é que, ao final, o leitor esteja motivado a viver mais e melhor.
“Eu decidi escrever pois sabia que muitas pessoas passavam por isso também e eu tinha coletado uma série de informações que me curaram, que funcionaram comigo mesmo eu tendo este problema há décadas. Então poderia funcionar para mais alguém. O que eu mais queria mostrar para as pessoas é que o pensamento conduz nossas ações e que as coisas tomam a proporção que damos a elas através da nossa forma de ver, esse é o tema do livro que escolhi antes mesmo de escrever”, detalha.
SETE PASSOS
Narrado em primeira pessoa, o livro é dividido em sete capítulos que a autora acredita serem os passos para positivar os pensamentos - passos esses que são mais ou menos o caminho que ela percorreu.
“O primeiro passo é despertar a pessoa a refletir que desistir não é uma opção boa. Faço isso usando muita aplicação de raciocínio e comparações. Fecho sugerindo um exercício para encontrar forças para seguir mesmo quando se sentir muito sobrecarregado”, adianta.
Já no segundo capítulo, “Ame a Si Mesmo”, a autora fala sobre autoestima e como ela é necessária para valorizar a vida. No terceiro, “Permita-se Sentir”, ela aborda a necessidade de aceitar suas próprias dificuldades e nível de resiliência pessoal, entendendo que tudo é para ser sentido para que possa passar e ser superado.
No quarto capítulo, “Exerça seu Direito à Liberdade”, Diana fala do quanto é importante se aceitar quem é e não se esconder diante dos outros por medo. O quinto, “Responsabilize- se”, trata sobre como somos responsáveis pela nossa vida.
Em “Amor Simplesmente Amor”, penúltimo passo, ela aborda o amor incondicional e o quanto é necessário para sermos resilientes e encontrarmos significado na vida e na passagem das pessoas pela nossa vida. Fechando a caminhada, e o livro, Diana fala sobre a importância da gratidão.
“Meu objetivo é prevenir o suicídio propondo uma mudança de pensamento. Acho que o destaque desse livro tem muita a ver comigo, é o relato de uma sobrevivente, então coloquei nele tudo que apliquei na prática, e o escrevi depois de ‘sentir-me’ curada. Acho que o ponto alto é essa proximidade com o problema”, pontua Diana, que ainda pretende escrever mais duas obras. Uma para pais de adolescentes e crianças depressivas, ou seja, um livro para sobreviventes, termo usado por ela para se referir tanto a quem lida com o problema de perto quanto para a família que perdeu alguém dessa forma. O outro livro será voltado aos adolescentes, que assim como ela começaram a lidar com isso muito cedo.
Ao término de cada capítulo há exercícios que segundo a autora levam do pensamento à ação, auxiliando no processo de autoconhecimento. “São três principais exercícios e a pessoa é estimulada a fazer em um caderno pessoal. O primeiro auxilia na percepção do poder de ressignificar algo ruim do presente, com uma experiência de força do passado; o segundo é para melhora da autoestima; o terceiro para aprender que o que sentimos é importante e é para ser sentido. Faço também uma proposta de criação do hábito de agradecer, escrevendo motivos de gratidão. Esses exercícios eu fiz no meu processo de cura e me ajudaram muito”, atesta.
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