
O Brasil e o mundo estão engajados em projetos que visam fortalecer a sustentabilidade. E, por meio do programa Corredor, uma aliança crescente de organizações internacionais e locais está trabalhando para acelerar esse desenvolvimento sustentável na Amazônia.
Três novos parceiros, Belterra Agroflorestas, Mitsui & Co. e a Fundação Mitsui, estão se juntando ao programa Corredor durante a Semana do Clima de Nova York 2025.
“Parcerias transformam ambições em impacto. Estamos entusiasmados em receber três novos parceiros nesta colaboração, potencializando nossa capacidade de criar oportunidades e um futuro positivo para as pessoas e comunidades ao longo do nosso mineroduto, que liga Paragominas a Barcarena, no Pará”, afirma Eivind Kallevik, Presidente e CEO da Hydro.
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O programa Corredor foi lançado no ano passado, durante a Semana do Clima de Nova York 2024. É uma parceria multissetorial pioneira liderada pela Hydro, Mercedes-Benz e ONGs renomadas da região amazônica: Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Centro de Empreendedorismo da Amazônia e Imazon.
Cocriado com as comunidades locais
O programa Corredor foi projetado para melhorar as condições ambientais e sociais do território que vai de Paragominas a Barcarena, cruzando o Pará. O programa abrange uma área equivalente ao território da Suíça ou do estado do Rio de Janeiro e passa por sete municípios, alcançando 650 mil cidadãos e 4,7 milhões de hectares, incluindo 2 milhões de hectares de floresta tropical de alta biodiversidade.
“Juntar-se ao Programa Corredor reflete o compromisso de longa data da Mitsui com o desenvolvimento sustentável e o crescimento inclusivo. Reconhecemos que um impacto duradouro requer colaboração inclusiva e soluções desenvolvidas localmente. Por meio desta parceria, nosso objetivo é apoiar a criação de cadeias de valor resilientes e promover o progresso socioeconômico, ao mesmo tempo em que protegemos a biodiversidade e o patrimônio cultural únicos da região”, diz Akinobu Hashimoto, Gerente Geral da Divisão de Novos Metais e Alumínio da Mitsui & Co., Ltd.
O programa está ancorado em três pilares estratégicos:
• Desenvolvimento econômico: O programa foca em encontrar soluções para melhorar as condições para cadeias de valor baseadas na natureza no território.
• Desenvolvimento social: O programa tem uma abordagem de larga escala para o desenvolvimento social, visando necessidades humanas básicas, bem-estar, oportunidades e capacitação.
• Meio ambiente e conservação da biodiversidade: O programa trabalha com a restauração florestal e a conservação da biodiversidade na Amazônia, necessárias para garantir ganhos positivos para a natureza e as pessoas.
Os projetos do programa Corredor são cocriados com as comunidades locais, empoderando-as para identificar e priorizar iniciativas que beneficiem diretamente suas regiões e territórios. O programa mostra como a indústria pode apoiar ecossistemas e comunidades locais por meio de educação, projetos de geração de renda, restauração da biodiversidade e defesa dos direitos humanos. Esta é uma iniciativa transformadora, enraizada nos princípios da bioeconomia e da equidade social. Projetado para apoiar o progresso social de agricultores familiares e povos tradicionais da Amazônia — incluindo comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas — o programa foca no fortalecimento das capacidades locais enquanto fomenta meios de vida sustentáveis.
Parcerias para um impacto positivo
O programa Corredor se baseia em investimentos implementados pela Hydro e outros parceiros para aumentar a capacidade local de desenvolver uma economia baseada na natureza, com liderança técnica do Imazon, IPAM e Centro de Empreendedorismo da Amazônia. O objetivo do programa é atrair novos investimentos para aumentar o impacto positivo.
O grupo fundador do programa Corredor inclui:
• Hydro e Fundo Hydro – Financiamento inicial e arquitetura do programa
• Mercedes-Benz – Primeiro coinvestidor, conectando descarbonização com desenvolvimento local
• Centro de Empreendedorismo da Amazônia – Responsável pela implementação do Índice de Progresso Social (IPS) dos municípios e diagnósticos comunitários
• Imazon – Inteligência ambiental e monitoramento do uso da terra
• IPAM – Diagnósticos econômicos e planejamento territorial climaticamente inteligente
• BCG – Estratégia, desenho de governança e roteiro de captação de recursos
Os três novos parceiros adicionais trazem capacidades únicas para o programa Corredor:
• Belterra Agroflorestas: Expertise em agricultura regenerativa e cadeias de valor da bioeconomia
• Mitsui & Co. e Fundação Mitsui: Alcance global, financiamento e investimento de impacto social
Sobre o programa Corredor
O programa Corredor é uma iniciativa multissetorial e com múltiplas partes interessadas, dedicada a promover o desenvolvimento de baixo carbono, inclusivo e positivo para a biodiversidade na Amazônia brasileira. O programa visa gerar impacto social positivo na região ao longo do mineroduto de bauxita operado pela Hydro no Brasil. O mineroduto se estende por 244 quilômetros através de sete municípios no estado do Pará, desde a mina de bauxita da Hydro em Paragominas até a refinaria de alumina Alunorte, em Barcarena.
A Hydro na Amazônia brasileira
Nos últimos sete anos, a Hydro investiu mais de R$ 260 milhões em programas sociais e ambientais no Pará. Um resultado chave é o projeto Usinas da Paz, do programa Territórios pela Paz (TerPaz), do Governo do Pará, com quatro unidades concluídas e mais três em construção para apoiar comunidades vulneráveis.
Em 2019, a Hydro lançou o Fundo Hydro, comprometendo-se a investir R$ 100 milhões ao longo de dez anos para o desenvolvimento de base comunitária em Barcarena. Sua primeira grande parceria com a Iniciativa Barcarena Sustentável (IBS) lançou as bases para o programa Corredor, que visa escalar o desenvolvimento sustentável em todo o Pará até 2035, promovendo oportunidades econômicas, capacitando talentos locais e avançando na conservação e restauração florestal.
Hydro na Semana do Clima de Nova York
Além da oficialização das novas parcerias do Programa Corredor, a Hydro realizou, durante a Semana do Clima de Nova York, o evento "Casa do Diálogo". A série de palestras reuniu representantes da indústria, tomadores de decisão, defensores da sustentabilidade, pacificadores e representantes das comunidades de regiões onde a Hydro opera.
O painel "A caminho da COP30: clima e além", mediado pelo CEO da Norsk Hydro Brasil, Anderson Baranov, reuniu Jader Barbalho Filho, ministro das Cidades, Raul Jungmann, presidente do Ibram, Renata Nobre, secretária adjunta da Semas-PA, e Alex Carvalho, presidente da Fiepa. Os compromissos para a realização da Conferência do Clima, a primeira na Amazônia, guiaram a conversa.
Jungmann apontou que o setor da mineração chegará à COP30 com metas claras e temporalmente mensuráveis para reforçar o engajamento com temas de sustentabilidade. "O setor mineral vai assumir compromissos para a descarbonização, circularidade e troca de energia fóssil, inclusive porque a humanidade não tem lugar no futuro se não houver essa preocupação".
Jader Barbalho Filho destacou, ainda, a importância de que a discussão da COP30 contextualize a realidade das cidades amazônicas. "Vamos ter importantes espaços para discutir o tema urbano. A Amazônia tem sido um dos temas principais de todas as COP, e agora o mundo vai conhecer de perto o que é uma cidade amazônica."
Já no painel "COP30 na Amazônia: além das estratégias de carbono", representantes de diferentes organizações falaram sobre estratégias para abordar desafios socioambientais na região. A conversa apontou a importância do diálogo de diferentes atores e contou com Eduardo Figueiredo, vice-presidente sênior de Sustentabilidade e Impacto Social da Hydro, Aurélio Borges, diretor da Malungu, Carolina Graça, diretora do programa Green Bridge Facility (GBF) do Instituto Igarapé e Akinobu Hashimoto, gerente geral da divisão de New Metals & Aluminium da Mitsui.
"Queremos investir na nossa cadeia produtiva e desenvolver um sistema em que a comunidade ganha. A Hydro aposta num futuro de baixo carbono, mas ele tem que ser socialmente justo. Esse é um desafio que não é simples, mas é à altura da Hydro e dos parceiros que ela tem", afirmou Eduardo Figueiredo.
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A importância de que as vozes das comunidades tradicionais sejam ouvidas e levadas em conta foi apresentada por Aurélio Borges. "Grupos e empresas também precisam olhar com carinho para quem está na floresta preservando e incentivando o desenvolvimento das pessoas pra que cada vez mais a gente tenha floresta viva."
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