PC autua empresas e prende 3 por receptação de transformadores

A Polícia Civil do Pará deflagrou, nesta terça-feira (10), uma nova etapa da Operação Equi-Cobre no município de Marabá, no sudeste do estado, resultando na autuação de duas empresas e na prisão em flagrante de três indivíduos por receptação. A ação faz parte de um conjunto de iniciativas nacionais de segurança pública voltadas ao combate ao furto e à receptação de cabos de cobre, transformadores e outros equipamentos do sistema elétrico.

As equipes de fiscalização concentraram-se em ferros-velhos, pontos de reciclagem e estabelecimentos que comercializam equipamentos elétricos usados. Em Marabá, a operação culminou na recuperação de dois transformadores de grande porte.

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Um dos equipamentos foi encontrado em uma empresa na Folha 35 – Núcleo Nova Marabá. Segundo a investigação, o transformador deveria estar no pátio operacional da Equatorial Pará, em Tucuruí. O segundo equipamento foi localizado em outro estabelecimento, no bairro das Laranjeiras. Ambos os transformadores foram apreendidos.

Os responsáveis pelos locais foram imediatamente conduzidos à Seccional Urbana de Marabá para prestar esclarecimentos.

Prisão e penalidades mais duras

Três responsáveis pelos estabelecimentos foram presos em flagrante, autuados pelo crime de receptação qualificada (artigo 180, parágrafo 7 do Código Penal).

O delegado Rodrigo Gonçalves Graças enfatizou a importância da ação para desarticular a cadeia criminosa. Ele destacou o recente endurecimento das penas para este tipo de crime.

"As penas para quem pratica esse tipo de crime passaram de 1 a 4 anos para 3 a 8 anos. Nesses casos, não cabe fiança pela autoridade policial, e o autuado permanece preso até audiência de custódia”, explicou o delegado.

A operação está em conformidade com as mudanças trazidas pela Lei nº 15.181, de 28 de julho de 2025, que aumentou as penalidades para furto, roubo e receptação de materiais elétricos, podendo a receptação simples e qualificada chegar a até 16 anos nos casos mais graves.

A Equatorial Pará, que presta apoio técnico à operação, reforçou que continua à disposição das autoridades para coibir as práticas criminosas e garantir a segurança no fornecimento de energia.