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Menina denuncia irmão por estupro e pai por assédio  

“Estou com muito tesão. Então, você não pode ajudar o pai aí?”, disse o genitor da jovem em uma das mensagens

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Imagem ilustrativa da notícia Menina denuncia irmão por estupro e pai por assédio   camera Durante a conversa, o pai tenta persuadir a menina a mandar as fotos íntimas para ele | Reprodução

O Brasil contabilizou, ao todo, 66.020 estupros em 2021, uma alta de 4,9% em relação ao ano anterior (62.917 registros). Desse total, a violência sexual contra vulneráveis, cujas vítimas são meninas de até 14 anos, são a maioria (45.994 casos).

Uma menina de 14 anos denunciou o pai, de 43 anos, por assédio sexual e o irmão, de 20 anos, por estupro. O caso ocorreu em Anápolis (GO), quando ela foi dormir na casa do irmão, na última quarta-feira (3) e teria sido estuprada.

Assustada, ela pediu a ajuda de uma vizinha. A garota mora sozinha com a mãe, que precisa de cuidados especiais.

O assédio do pai

No distrito policial, a adolescente aproveitou a oportunidade e mostrou os prints para a delegada Marisleide Santos nos quais o pai pede fotos seminuas da filha, no final do ano passado, por meio de um aplicativo de mensagens. Na conversa, o homem insiste que a adolescente, a quem ele chama de “meu amor”, envie as imagens mesmo ela dizendo não ter nenhuma parecida.

“Cadê de langer? (sic) De calcinha você tem. Pode mandar, meu amor”, pede o suspeito, enquanto a menor pergunta “de onde tirou isso, pai?”. Em seguida, ele responde: “nada, é que estou com muito tesão. Então, você não pode ajudar o pai aí? Me manda fotos suas, de preferência sem nada”, completa antes de a filha bloquear o número de telefone dele.

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O irmão afirmou para a delegada que a situação teve iniciativa da menina e confessou que tiveram relações sexuais, mas alega ter sido consensual. O pai também reconheceu ter enviado o texto. Eles foram liberados por falta de provas. A adolescente passou por exames e foi medicada. A delegada avalia a possibilidade de pedir prisão e medida protetiva contra ambos. O Conselho Tutelar de Anápolis acompanha a apuração.

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