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EM NOVO REPARTIMENTO

Família pede Justiça e punição para executores de caçadores

A chegada dos caixões à Câmara Municipal de Novo Repartimento, onde o velório coletivo foi realizado, ocorreu em meio a aplausos e gritos com pedidos de Justiça

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Imagem ilustrativa da notícia Família pede Justiça e punição para executores de caçadores camera O velório leveou centenas de pessoas à Câmara Municipal de Novo Repartimento | Dinan Laredo/RBATV

A cidade de Novo Repartimento, no sudeste paraense, praticamente parou com a morte dos três caçadores na terra indígena de Parakană. Uma manifestação para pedir Justiça tomou conta das ruas do município, no final da tarde deste domingo (1º). O velório coletivo de Cosmo Ribeiro de Sousa, José Luis da Silva Teixeira e Willian Santos Câmara começou por volta de 20h30 e a previsão era de que o sepultamento ocorresse às 23h.

Os corpos deles foram encontrados na manhã do último sábado (30) e reconhecidos pelos familiares por causa da vestimenta que usavam. A Polícia Federal coletou material para fazer o exame de DNA. Os restos mortais foram removidos para o Instituto Médico Legal em Marabá e liberados no final da tarde deste domingo.

A chegada dos caixões à Câmara Municipal de Novo Repartimento, onde o velório coletivo foi realizado, ocorreu em meio a aplausos e gritos com pedidos de Justiça. Uma cerimônia religiosa foi celebrada. Cosmo, José Luis e Willian saíram para caçar na reserva Parakanã no dia 24 de abril e não voltaram mais. O primeiro boletim de ocorrência policial sobre o desaparecimento deles foi registrado no dia seguinte (25), pelo advogado Cândido.

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Por se tratar de um território indígena, o caso só pode ser investigado pela Polícia Federal. O Ministério Público Federal acompanha o caso juntamente com a Fundação Nacional do indio (Funai). A Força Nacional está na localidade para garantir a ordem pública e evitar confrontos. Equipes do Batalhão da Policia Militar dão apoio. O clima é de tensão na cidade.

Cândido Junior diz que as famílias das vítimas não pretendem gerar conflitos. "Não haverá nenhuma ação truculenta. O que a família quer é que seja feito justiça e que o Estado dê a punição aos autores desses homicídios. Ninguém está acima da lei. Houve mortes com requintes de crueldade e tentativa de ocultação de cadáver", levantou o advogado, "O Ministério Público Federal irá atuar como titular da acusação da denúncia", pontuou.

A terra indigena Parakanã fica distante 30 quilômetros de Novo Repartimento. Trata-se de uma área de 350 mil hectares, onde vivem aproximadamente 1.500 indigenas. No último sábado (30), o cacique Xereteria Parakanã compartilhou um video nas redes sociais em que pede ajuda e proteção das autoridades. Segundo o lider indigena, o povo Parakanã está te sendo ameaçado. (Denilson D'almeida, Diário do Pará)

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