
Depois da febre dos bebês reborn, uma nova geração de bonecos hiper-realistas está ganhando popularidade nas redes sociais: as chamadas “namoradas reborn”. Em tamanho real, e com feições humanas, elas reagem ao toque, piscam, falam e até demonstram senso de humor, graças à tecnologia de inteligência artificial. O fenômeno tem dividido opiniões entre curiosidade, fascínio e críticas sobre os limites da companhia artificial.
Nas plataformas como Instagram e TikTok, vídeos mostram essas bonecas em poses sensuais e com movimentos realistas, atraindo milhares de visualizações. Elas são produzidas por empresas como a norte-americana RealDoll, pioneira nesse mercado desde a década de 90.
Feitas sob encomenda, as companheiras artificiais são confeccionadas com silicone de grau médico, olhos de vidro, esqueleto metálico e até genitália removível. Os compradores podem escolher entre 17 tipos de corpo e 33 opções de rosto, personalizando detalhes como tom de pele, maquiagem, cor dos olhos e pelos pubianos. Também é possível enviar fotos reais para que a boneca seja feita utilizando as características de outra pessoa.
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Os modelos mais simples custam a partir de US$ 8.999 (cerca de R$ 50 mil), enquanto versões masculinas, como o boneco Nate 3.0, estão saindo por US$ 7.999 (cerca de R$ 45 mil).
Inteligência artificial e personalização
O grande diferencial das namoradas reborn está na tecnologia. Modelos premium, como a SolanaX, possuem sensores de toque e movimentos faciais que incluem olhos, boca e sobrancelhas, integrados a um aplicativo via Bluetooth. Com ele, é possível personalizar personalidade, voz, interesses e até o senso de humor da boneca.
A tecnologia, chamada X-Mode, permite que o sistema crie diálogos com respostas naturais e memória, promovendo interações cada vez mais adaptadas aos gostos e hábitos do dono — uma espécie de “relacionamento programado”.
Fascínio X Críticas
Mesmo com o encantamento inicial, o crescimento do mercado de namoradas reborn levanta discussões sobre os impactos emocionais e sociais dessas relações simuladas. Questões como solidão, afeto artificial e a objetificação do corpo feminino têm ganhado destaque nas discussões.
Enquanto isso, o número de seguidores das companheiras virtuais continua crescendo, e com ele, o questionamento sobre o que significa se relacionar na era da inteligência artificial.
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