
Se você é daqueles que adora embalar o dia com a playlist favorita no último volume, mas também divide o lar com um cão ou gato, é hora de repensar seus hábitos. O que para você é um prazer, para seu animal de estimação pode ser um verdadeiro tormento – e até um risco à saúde.
Ao contrário dos humanos, cães e gatos possuem uma audição extremamente sensível. Essa diferença, que os torna capazes de ouvir sons imperceptíveis para nós, também os torna vulneráveis a volumes excessivos. E não estamos falando apenas de sirenes ou fogos de artifício. Sons do dia a dia, como o aspirador de pó, a máquina de lavar e, principalmente, aparelhos de som, podem causar desconforto significativo.
A Audição Superpoderosa dos Pets
O veterinário João Paulo Lacerda explica que a audição dos animais é muito mais precisa que a humana. "Eles [os animais] sofrem bastante, pois conseguem ouvir faixas sonoras ultrassônicas que são imperceptíveis aos tutores", detalha o especialista.
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Entre os pets, os felinos são os mais sensíveis. Enquanto a capacidade auditiva dos cães é o dobro da dos humanos, a dos gatos chega a ser o triplo, alcançando frequências de até 65.000 Hertz. Isso significa que, enquanto você curte sua música, seu gato pode estar sendo bombardeado por uma gama de sons insuportáveis.
Excesso de Barulho: Consequências Graves para a Saúde Animal
Sim, a exposição prolongada a altos volumes pode causar danos irreversíveis aos pets, incluindo a surdez definitiva. Mas os problemas não param por aí.
Animais expostos a ruídos excessivos frequentemente demonstram mudanças bruscas de comportamento e temperamento. Lacerda aponta que eles podem começar a buscar locais mais isolados, distantes dos ambientes que costumam frequentar, e apresentar sinais claros de estresse. "Inclusive, dependendo da frequência desses episódios, o barulho pode torná-los agressivos", alerta.
Além das alterações comportamentais, o som alto pode desencadear outras condições, como dermatites por lambedura. O veterinário também ressalta a importância de evitar que o pet se torne medroso, um quadro que pode, em casos extremos, levar a crises convulsivas.
Em situações ainda mais graves, Lacerda adverte que o barulho excessivo pode aumentar a predisposição a problemas cardiorrespiratórios, devido ao aumento da frequência cardíaca e respiratória. "Não obstante, os animais podem evoluir para quadros de parada cardíaca se não encontrarem uma forma de amenizar a situação de estresse", detalha o especialista.Dicas para evitar o estresse
Entre as orientações dadas pelo profissional, a número 1 é evitar expor o pet ao barulho excessivo.
- No caso de fogos de artifício, a recomendação é optar por aqueles que tenham baixa intensidade sonora;
- Em casa, separe o lugar de descanso do animal das áreas de serviço, onde os eletrodomésticos, como máquinas de lavar, estão instalados;
- Os aparelhos de som devem ser usados com moderação no volume;
- “Se estiver realizando reformas, procure tirar o animal daquele espaço e levá-lo para outro mais distante”, indica o professor do Centro Universitário Unip.
- Por fim, caso o cachorro ou o gato seja pego de surpresa e acabe se assustando, o ideal é que os tutores fiquem por perto e jamais deixem os animais sozinhos em ambientes fechados e sem iluminação, uma vez que isso pode provocar ainda mais pânico no pet.
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