plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 33°
cotação atual R$


home
SAI A DOR E ENTRA A HISTÓRIA

Passados 21 anos, ataques terroristas estão sendo esquecidos

Findada a "guerra ao terror" e com Al-Zawahiri morto, há também toda uma geração que nasceu depois dos ataques terroristas às Torres Gêmeas.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Passados 21 anos, ataques terroristas estão sendo esquecidos camera O maior ataque terrorista da história humana aconteceu em 11 de setembro de 2001 | Spencer Platt/Getty Images/AFP

O cartão postal do "sonho americano" dos anos 70, 80 e 90 tinha um endereço certo: a cidade de Nova York, nos Estados Unidos, com as duas torres gêmeas do grande completo World Trade Center. A imponência dos 110 andares das duas torres era a marca de uma América perfeita, rica e segura.

Até que esse sonho ruiu, em 11 de setembro de 2001, quando dois aviões sequestrados por terroristas e lotados de passageiros, colidiram em alta velocidade com as duas torres, uma de cada vez, em um intervalo de pouco mais de 20 minutos. Mais de 3 mil pessoas morreram diretamente e outras tantas morreram indiretamente, por câncer, tristeza, depressão e doenças pulmonares (resultante da poeira que tomou conta de Nova York).

Isso foi há 21 anos...

Na cidade de Arlington, Virgínia, a bandeira dos Estados Unidos está desfraldada ao lado do Pentágono para sinalizar o início de uma cerimônia solene. Passaram exatamente 21 anos desde o 11 de setembro de 2001, dia em que o pior ataque terrorista em solo norte-americano matou quase três mil pessoas, de Nova Iorque ao Pentágono.

As duas torres de 110 andares eram o cartão postal do "sonho americano"
📷 As duas torres de 110 andares eram o cartão postal do "sonho americano" |Spencer Platt/Getty Images/AFP

A sessão junto ao Memorial do Pentágono, onde morreram 184 pessoas nesse dia, teve a presença do presidente Joe Biden, do secretário da Defesa Lloyd J. Austin III e do chefe do Estado-Maior, general Mark A. Milley. Foram honrados aqueles que caíram e confortados os que ficaram. Mas não houve muito mais do que isso. Pela primeira vez desde que os ataques chocaram a América e o mundo, o 11 de setembro parece ter perdido o lugar central que ocupou durante tanto tempo na memória coletiva.

Não é que tenha deixado de ser recordado. Simplesmente agora isso acontece num formato diferente. "A dor diminuiu, mas o dia será sempre recordado com arte e testemunhos", disse ao DN Byron Burton, escritor e gestor de talento que cresceu num meio conservador no centro oeste dos Estados Unidos.

Veja também:

João Gomes é processado por plágio em hit da novela Pantanal

Charles, novo rei da Grã-Bretanha, já esteve em Carajás

Sem Simaria, Simone forma nova dupla para show; saiba mais

"Um exemplo é o recente filme de Michael Keaton, Worth, que foi produzido pelos Obamas", salientou. Este filme, conta a luta contra a burocracia que decorreu depois dos ataques para conseguir compensação para as vítimas. "Mostra um novo lado da tragédia e dos heróis que se levantaram", frisou Burton. O filme está disponível na Netflix.

Para muitos, documentários e filmes que dramatizam os eventos do 11 de setembro são a única referência dos ataques. "Passaram 21 anos desde o 11 de setembro e temos uma geração inteira que nasceu depois dos ataques", disse o cientista político Thomas Holyoke, professor na Universidade Estadual da Califórnia em Fresno. "Não ouvi ainda qualquer pessoa falar do 11 de setembro este ano, de todo", reconheceu. "Questiono como é que o 11 de setembro será lembrado à medida que se torna em algo do passado e não da história recente."

No lugar das duas torres, hoje há apenas um grande prédio, e a memória vai sendo esquecida
📷 No lugar das duas torres, hoje há apenas um grande prédio, e a memória vai sendo esquecida |Spencer Platt/Getty Images/AFP

Holyoke também usou essa referência. "Talvez seja uma combinação do fim da guerra, o desaparecimento do último líder da Al-Qaeda envolvido, e as pessoas estarem mentalmente preparadas para deixarem que o 11 de setembro se torne num evento histórico, como Pearl Harbor."

Um reflexo do efeito desta passagem do tempo é, por exemplo, o anúncio de que uma das organizações ligadas ao 11 de setembro vai fechar. A Never Forget 9-11 Foundation, uma organização sem fins lucrativos, anunciou o encerramento no final do ano. A fundação angariou fundos com donativos e a venda de itens e foi criada para honrar os heróis do 11 de setembro e ajudar as suas famílias. Vai liquidar o inventário até 31 de dezembro de 2022.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Brasil

    Leia mais notícias de Brasil. Clique aqui!

    Últimas Notícias