A alergia é uma resposta exagerada e excessiva do sistema imunológico contra substâncias diversas que entram em contato com o organismo, seja pela via respiratória, pela via cutânea ou até mesmo por ingestão.
E não é incomum as pessoas terem alergias em nossos dias, pois tudo pode desencadear uma crise alérgica, desde alimentos a ambientes. Entretanto uma condição alérgica de uma menina nos Estados Unidos tem intrigado os médicos locais. Ele é alérgica a água.
A urticária aquagênica é uma forma rara de urticária crônica induzida (UCInd) desencadeada por um estímulo específico. A patogênese não é totalmente compreendida, mas os sintomas se iniciam minutos após a exposição cutânea à água, independentemente de sua temperatura, e as urticas têm o padrão foliculocêntricas.
Uma adolescente norte-americana de 14 revelou que tem alergia a água e desmaiava toda vez que ela tomava banho. A jovem foi diagnosticada com urticária aquagênica após ficar com a pele muito vermelha ao ter contato com a água. Ao Independent UK, Sadie Tessmer disse que soube da a doença há quatro meses. “Sempre tenho uma reação quando tomo banho, lavo as mãos, ou até mesmo quando choro ou suo”, disse.
“Dói tanto que começo a chorar e isso piora porque sou alérgica às minhas próprias lágrimas, o que me estressa”, explica. A condição foi notada pela primeira vez depois que a menina saiu do banho um dia. Brincando e sem saber o que estava acontecendo, a mãe dela assumiu que a filha deixava a água muito quente, e brincou que ela devia ser alérgica ao banho.
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"É aterrorizante", declarou Sadie Tessmer. "Às vezes, parece que alguém está derramando gasolina no meu corpo e mei ncendiando, é horrível. Tento evitar água no rosto ou no pescoço porque não quero entrar em choque anafilático. Eu tenho EpiPens (adrenalina auto injetável), mas é aterrorizante”, ela relatou.
De acordo com a publicação, a condição rara afeta cerca de 50 a 100 pessoas no mundo. Sadie afirmou que começou a reagir mal à água em meados de 2021 e que levou quase um ano inteiro para obter um diagnóstico adequado. A adolescente disse que “não parecia real” que alguém pudesse ser alérgico à água. “Se alguém me dissesse que sim, eu pensaria que estava mentindo”, disse ela.
A menina também contou que a condição a impactou profundamente na saúde mental e nos relacionamentos sociais dela. “Eu estava preocupada com as coisas que poderia fazer na minha vida, coisas como minha carreira e até a escola”, salientou.“Fiquei bastante deprimida por alguns meses por causa disso, e fico muito chateada quando as pessoas me perguntam se quero ir à praia. Eu continuo pensando que minha vida acabou”, ela disse.
“Eu queria estar no exército a minha vida inteira e descobri que não posso mais fazer isso porque não posso me exercitar, o que foi devastador”, acrescentou. Na tentativa de minimizar o efeito da doença, a mãe de Tessmer passou a educar a filha em casa para que ela evite a transpiração por meio de atividade física.
Além disso, garota também disse que sempre gostou de jogar futebol e nadar, mas não pode fazer isso agora devido ao diagnóstico. Apesar da dor, ela ainda consegue consumir líquidos desde que use um canudo para que a água não toque sua pele.
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