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UNACON TUCURUÍ

'Sino Dourado' marca fim do tratamento contra o câncer 

Unacon em Tucuruí, referência no tratamento contra o câncer implantou o "Sino Dourado", tocado por pacientes para comemorar vitórias em etapas do tratamento, principalmente a alta médica

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Imagem ilustrativa da notícia 'Sino Dourado' marca fim do tratamento contra o câncer  camera Equipe hospitalar e paciente Jueliza Monteiro Borges comemoram a alta hospitalar tocando o 'Sino Dourado' | Divulgação

Um momento marcante para a família e a equipe hospitalar é quando o paciente oncológico (câncer) recebe alta. O sentimento é de felicidade por lutar contra a doença e obter a vitória, e a forma encontrada em Tucuruí no sudeste paraense para comemorar a conquista é tocando o ‘Sino Dourado’.

Foi o que fez a dona de casa Jueliza Monteiro Borges, 68 anos, paciente do município de São Domingos do Araguaia, distante 320 quilômetros de Tucuruí, após receber alta na Unidade de Alta Complexidade em Oncologia Dr. Vitor Moutinho (Unacon), nesta sexta-feira, 20 de janeiro.

O ‘Sino Dourado’ foi implantado no ambulatório da Unacon, que é referência na região do Lago de Tucuruí, no tratamento de câncer pelo Serviço de Humanização.

Jueliza Monteiro Borges recebeu alta, e fez questão, acompanhada pela equipe da unidade oncológica, de tocá-lo. “Desde que iniciei meu tratamento na Unacon, sempre olhava para o sino, e tinha convicção de minha cura, e quando eu recebesse minha alta médica eu iria tocá-lo”, declarou a paciente.

Emoção

Seu desejo de tocá-lo foi realizado nesta sexta-feira (20), em um ato simbólico marcado pela emoção da equipe da unidade e dos pacientes que estavam no local aguardando atendimento.

A participação no ato de bater o sino é espontânea, como no caso da dona Jueliza Monteiro Borges. Ela alertou que nunca se pode duvidar que é possível obter a cura. “Foram três meses de tratamento com uma cirurgia bem sucedida e coroada com a minha alta médica, após um câncer de intestino", disse. A idosa destacou que o acompanhamento da equipe Médica, Serviço Social e de Psicologia, foram importantes para o êxito do tratamento.

Doença

Jueliza Monteiro Borges contou que descobriu um nódulo cancerígeno no intestino, há pouco mais de 90 dias. Foi então que ela decidiu ‘ir à luta’, e iniciou os procedimentos para o tratamento em seu município, São Domingos do Araguaia. Entretanto, sem os recursos necessários, foi encaminhada à Unacon, em Tucuruí, onde passou pela triagem, consulta oncológica, biópsia e cirurgia.

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“O resultado positivo para o câncer não foi fácil de ser recebido. Fiz a cirurgia. Foram longos 90 dias. Mas não há palavras para definir a felicidade e a gratidão, quando se recebe a notícia da cura. Hoje, posso comemorar essa vitória e agradecer a Deus e toda a equipe maravilhosa da Unacon”, comemorou.

Inspiração

Conforme o Diretor-Geral do Complexo Hospitalar Regional de Tucuruí, Enfermeiro Lucas Urel, o ‘Sino Dourado’ foi instalado e inspirado em iniciativas semelhantes existentes no Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro e no Hospital de Câncer de Barretos (Hospital do Amor), em São Paulo. Ele explicou que o paciente após receber alta precisa tocá-lo três vezes, mas em nossa unidade ganhou novas funções.

“O paciente voluntariamente o aciona, quando recebe a notícia de uma biópsia negativa, a alta de atendimento oncológico, término da Quimioterapia e/ou Radioterapia. Tudo é motivo para comemoração. Por isso, queremos a adesão do maior número de pessoas possíveis, que possam compartilhar uma notícia tão importante, a cura do câncer. Isso serve de motivação para os pacientes que estão iniciando o tratamento”, frisou.

Jueliza Monteiro Borges recebeu alta, e fez questão, acompanhada pela equipe da unidade oncológica, de tocá-lo
📷 Jueliza Monteiro Borges recebeu alta, e fez questão, acompanhada pela equipe da unidade oncológica, de tocá-lo |Divulgação

Antes da obtenção da alta oncológica, a paciente realizou consultas médicas, exames de imagem, entre outros. Os procedimentos foram adotados para se certificar que Jueliza Monteiro Borges obteve a cura da neoplasia.

Janeiro Verde

Neste mês de janeiro, acontece a Campanha Janeiro Verde, que visa promover a conscientização sobre o câncer do colo de útero, que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre mulheres. Somente no ano de 2023 são esperados 17.010 casos novos desta neoplasia no Brasil. Na região Norte, o câncer do colo do útero figura como o segundo mais incidente, com 20,48% de casos por 100 mil mulheres.

Em Tucuruí, o Complexo Hospitalar Regional de Tucuruí – HRT e Unacon abraça a Campanha Janeiro Branco, e está realizando na Unacon palestras sobre os cuidados e a prevenção do câncer do colo do útero, alertando sobre suas causas, através da infecção persistente do Papilomavírus Humano (HPV), principalmente seus subtipos chamados de oncogênicos, sendo que, de acordo com o INCA, o 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos da doença.

Sintomas

A fase inicial para a maioria das pacientes acaba sendo assintomáticas e os sintomas aparecem conforme a localização e a extensão da doença. Corrimento vaginal amarelado e odor desagradável, até mesmo com sangue, sangramentos menstruais irregulares, dores em região baixo ventre e sangramento após relação sexual são alguns sintomas.

Anemia, dores pélvicas com intensidade forte, dores na região lombar, alterações miccionais e no hábito intestinal são outros sintomas que aparecem em estágios mais avançados.

Prevenção

Os especialistas reforçam que a prevenção está relacionada diretamente à diminuição do risco de contágio pelo HPV, que ocorre pelo contato direto com pele ou mucosa infectada. A via sexual é a principal, por isso, é indicado que o uso de preservativo seja feito para diminuir o risco de transmissão e infecção.

A vacina contra o HPV também é uma importante arma para combater o câncer do colo do útero. A vacina é indicada para meninas de 9 a 14 anos, e meninos de 11 a 14 anos. A vacina é uma medida de prevenção e não é eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes.

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