
A Câmara Municipal de Redenção no sul do Pará aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (20), a Moção de Repúdio nº 12/2025, de autoria do vereador João Lúcio, contra a condução das investigações relacionadas ao grave acidente de trânsito ocorrido no dia 10 de agosto de 2025, em um trecho da Rodovia PA-287, dentro dos limites do município de Conceição do Araguaia (PA), no sul do Pará, que resultou na morte do casal de pioneiros Antônio Alves de Araújo e Helena Vieira Ferreira de Araújo.
Diversos vereadores se manifestaram em tom de indignação diante de supostas falhas apontadas no processo investigativo. Familiares das vítimas também marcaram presença no plenário, exibindo cartazes e faixas em protesto, reforçando o clamor por Justiça.
As críticas
A moção aprovada questiona a atuação do delegado Diógenes Tavares de Melo Neto, responsável pelo Auto de Prisão em Flagrante. O documento denuncia omissões e falhas procedimentais, como a ausência de testes toxicológicos imediatos e de medidas cautelares proporcionais à gravidade dos fatos.
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Outro ponto destacado foi a possibilidade de o motorista, acusado de dirigir alcoolizado, ter deixado a prisão em menos de 24 horas, mediante pagamento de fiança no valor de R$ 15 mil — quantia considerada irrisória e desproporcional frente à gravidade do caso e à repercussão social.
Repercussão
Com a aprovação, a Câmara solicita que a Superintendência Regional da 13ª RISP da Polícia Civil do Estado do Pará apure os atos e procedimentos adotados no caso, garantindo transparência, legalidade e responsabilização.

“O que ocorreu não foi acidente, foi crime. E diante de um crime, não podemos aceitar falhas na apuração. O povo de Redenção e a família das vítimas exigem Justiça”, afirmou o vereador João Lúcio.
Vídeo que mostra o zigue zague feito pelo motorista causador do acidente, é citado como prova de que o mesmo estaria embriagado, conforme se vê abaixo:
Mobilização
A família das vítimas, muito respeitadas na comunidade local, reforçou que continuará mobilizada e cobrando providências para que o caso não caia no esquecimento. A mobilização na Câmara, com cartazes e faixas, deixou claro o recado: “Não foi acidente, foi crime! Queremos Justiça!”. A moção de repudio será encaminhada pelo presidente da Casa, para conhecimento da Polícia Civil e Secretaria Estadual de Segurança Pública.
A reportagem tentou entrar em contato com o delegado e a Superintendência Regional da 13ª RISP mas ainda não obteve retorno, reforçando que o espaço segue aberto para manifestações.
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