
A sequência de dois assassinatos de mulheres em um intervalo de menos de 24 horas causou grande comoção e preocupação entre os moradores de Xinguara, no sul do Pará.
Os casos, ocorridos nos dias 17 e 18 de outubro, acenderam um alerta sobre o aumento da violência e os recorrentes episódios de feminicídio no município.
O primeiro crime aconteceu na noite da última sexta-feira (17), quando Poliana Lustosa dos Santos, jovem moradora da cidade, foi morta com um golpe de faca desferido pelo companheiro Jhonatan Vieira Araújo, conhecido pelo apelido de “Marabá”. O ataque atingiu a vítima na altura do peito, dentro da residência do casal, localizada na Rua Mário Covas, no Setor Bela Vista.
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Poliana ainda chegou a ser socorrida e entubada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Xinguara, mas não resistiu à gravidade do ferimento e morreu horas depois. O autor do crime fugiu logo após o ataque e, até o momento, continua foragido. As forças de segurança seguem realizando buscas na tentativa de localizá-lo.
Menos de 24 horas depois, na noite de sábado (18), uma nova tragédia foi registrada. Maria Alice de Souza Feitosa, de 22 anos, foi brutalmente assassinada a golpes de faca pelo companheiro, Cosmo Bezerra de Andrade, de 25 anos. O crime ocorreu em uma vila de kitnets situada na Rua Marechal Rondon, também no Setor Bela Vista.
De acordo com informações de testemunhas, populares acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas, ao chegar ao local, a equipe médica constatou que Maria Alice já estava sem vida. A Polícia Militar foi acionada e iniciou imediatamente as buscas pelo suspeito, que, segundo moradores, estaria escondido em um dos cômodos do residencial.
Após uma varredura no local, os policiais localizaram Cosmo Bezerra escondido dentro de um kitnet. No momento da prisão, ele confessou o crime e informou que havia jogado a faca utilizada no telhado do imóvel. A arma foi encontrada pelos agentes e apreendida como prova. O homem foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil de Xinguara, onde foi autuado em flagrante por feminicídio.
Os dois crimes em sequência deixaram a população consternada e levantaram o debate sobre a necessidade de políticas públicas mais efetivas de combate à violência doméstica e proteção às mulheres.
Autoridades locais, movimentos sociais e órgãos de segurança pública reforçam que casos como esses evidenciam a urgência de denunciar situações de agressão antes que resultem em tragédias.
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