O tatuador William Araújo Sousa, conhecido como Will Sousa, foi sentenciado a 17 anos, 10 meses e 16 dias de reclusão, além de 6 meses de detenção, pela morte da também tatuadora Flávia Alves Bezerra. O Tribunal do Júri de Marabá proferiu a decisão na noite desta segunda-feira (17), após o conselho de sentença acatar por unanimidade as acusações de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
A juíza Alessandra Souza Rocha acatou a decisão unânime dos jurados, que reconheceram a autoria e a materialidade do crime e rejeitaram todas as teses da defesa. A banca de advogados do réu tentava a desclassificação da acusação para lesão corporal seguida de morte.
Confissão e "Mata-Leão" em Julgamento Tenso
Em um dos momentos mais tensos do julgamento, William Sousa confessou o crime durante seu interrogatório. Ele detalhou que a agressão fatal teve início após um desentendimento considerado "banal" por um maço de cigarro.
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O réu chegou a demonstrar no plenário a técnica de estrangulamento conhecida como "mata-leão", que teria sido utilizada para matar Flávia.

A sessão do júri, que durou pouco mais de 23 horas, foi realizada de forma reservada, contando com acesso limitado a familiares, advogados e representantes do Ministério Público. A acusação foi liderada pela promotora Cristine Magella.
Recurso de Ambos os Lados
A sentença, resultante da soma das penas (concurso material), não encerra o caso. Tanto a defesa quanto a acusação já anunciaram que irão recorrer:
Defesa: A advogada Cristina Longo confirmou o recurso de apelação, alegando ter identificado erros na dosimetria (cálculo da pena) e buscando a redução do tempo de reclusão.
Acusação: A promotoria, que considerou a pena branda diante da gravidade dos crimes, também confirmou que recorrerá, mas com o objetivo de aumentar a condenação imposta a William Sousa.
Com o encerramento do processo em primeira instância, o caso segue agora para a Vara de Execução Penal. (Com apoio de James Oliveira, da RBATV)
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